Na manhã desta quarta-feira frente ao Ministério da Educação, em Lisboa os alunos do secundário protesraram contra os exames nacionais, as aulas de substituição e o limite de vagas ao ensino superior.
Diana Simões, estudante da Escola Secundária Leal da Câmara, em Sintra, contou ao PortugalDiário que a questão dos exames nacionais é uma das maiores preocupações dos estudantes. «Se a avaliação é contínua, uma avaliação pontual não faz sentido nenhum», justifica.
Para Bruno Madeira, estudante do 12º ano da escola secundária Frei Gonçalo Azevedo, em Cascais, «os exames quebram por completo o processo de avaliação contínua» e são «injustos» para um aluno que sempre se aplicou nas aulas, sempre teve boas notas durante o ano lectivo e que se, por incidente, tiver uma nota mais baixa no exame nacional pode ficar com o acesso à universidade condicionado.
Contra as medidas implementadas pela ministra da Educação, os alunos do secundário defendem «a implementação da educação sexual nas escolas de forma transversal com as outras disciplinas, melhores condições materiais e humanas, mais funcionários e professores, e ainda o fim da nota mínima de 9,5 no acesso à universidade», acrescenta a estudante do 10º ano.
Quanto às aulas de substituição, consideram-na uma medida «retrógrada» e dizem que «é uma forma do Governo escamotear a falta de investimento no ensino», refere Diana Simões, uma vez que é uma medida que «em nada serve os interesses dos alunos, que se vêem obrigados a permanecer 90 minutos numa sala, com um professor que não conhece os alunos, muito menos a matéria», remata.
Diana já teve aulas de substituição da disciplina de história com um professor de biologia, e acabou a ver filmes e a navegar na internet como matéria dada.
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