A atuação das milícias nas favelas cariocas poderá ser investigada através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Os deputados estaduais querem investigar a suspeita de que os grupos sejam formados por policiais, bombeiros e agentes de segurança para combater traficantes na disputa por território.
A proposta de uma CPI das Milícias vai ser apresentada nesta terça-feira (6) por dois deputados. A iniciativa é do presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Alerj, deputado Alessandro Molon (PT), e do deputado Marcelo Freixo (PSOL), que também integra a comissão.
Nesta segunda-feira (5), eles já haviam colhido as 24 assinaturas necessárias para a apresentação da CPI.
Freixo informou que o objetivo é investigar a participação de membros do estado e de agentes da segurança pública em grupos armados que expulsam o trafico das comunidades e depois passam a vender segurança e explorar serviços como tv a cabo e transporte alternativo.
"A CPI das Milícias é uma enorme contribuição que a Alerj pode dar à sociedade, porque há uma série de denúncias de apoio de agentes de segurança pública à atuação das milícias, o que seria um verdadeiro estado paralelo", defendeu Freixo.
Mas para que a CPI das Milícias seja instalada, ainda é preciso que o presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), aprove o seu funcionamento. A guerra entre traficantes e integrantes de milícias tem provocado dezenas de mortes nos últimos meses.
PT
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