Mari Alkatiri poderia voltar ao poder.O ex-primeiro-ministro , após renunciar-se por causa da onda de violência que atingiu Timor Leste em 2005, disse à agência Efe que está disposto a voltar a ao poder caso seu partido, o governamental Fretilin, o escolher como candidato às próximas eleições presidenciais, que acontecem em 9 de abril.
"Estou disposto a servir ao país e a sua gente em qualquer posição, porque antes de tudo sou nacionalista. Posso voltar como primeiro-ministro, e inclusive como presidente, mas só através de mecanismos democráticos e por determinação do Fretilin", afirmou Alkatiri em entrevista na capital Díli.
Alkatiri, um dos fundadores do partido que liderou a luta pela independência, assinalou que se ele e o Fretilin vencerem as eleições será criado um Governo de união nacional com membros de outras legendas, com objeto de eliminar as tensões e a violência no Timor.
"Se vencermos as eleições vamos propor a todos os partidos do Parlamento, incluindo os da oposição, a formação de um Governo de união nacional para servir ao povo, devolver a paz e a harmonia e erradicar o regionalismo", indicou.
Alkatiri acrescentou que o diálogo é a única fórmula para cicatrizar as feridas abertas pela onda de violência de abril, que causou a morte de cerca de 30 pessoas e deixou mais de cem mil refugiados em Díli.
Na última sexta-feira, o presidente do país, Xanana Gusmão, convocou eleições presidenciais para o dia 9 de abril.
Gusmão, um membro histórico do Fretilin que depois abandonou o partido, rejeitou a possibilidade de ser reeleito, após anunciar que não será candidato.
O atual primeiro-ministro, José Ramos Horta, também desvinculado do Fretilin, disse na semana passada que se apresentará como candidato à Presidência se não houver outros postulantes com possibilidade de vitória.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter