Apesar da indústria dos Organismos Geneticamente Modificados (OGM) não ter conseguido até hoje, e após mais de uma década de tentativas, disseminar os OGMs na Europa, o relatório hoje apresentado pelo ISAAA (Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia, organismo financiado pelas indústrias da biotecnologia) tenta transmitir a ideia contrária e apresentar uma abrangência de disseminação dos OGM através de uma transposição para a realidade mundial de dados confinados a apenas 4 países (EUA, Canada, Brasil e Argentina).
Os Verdes consideram que o relatório elaborado pelo ISAAA foge à verdade por deturpação e omissão. O relatório joga com os números, omite os escândalos que têm vindo a suceder com a utilização dos transgénicos e silencia toda a oposição e resistência que existe por parte da opinião pública e de muitos países e regiões que têm vindo interditar a disseminação de OGMs nos seus territórios.
Os Verdes alertam ainda para o facto de ser também votado amanhã, na Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, um relatório sobre biotecnologia e transgénicos que visa unicamente dar um impulso ao cultivo de produtos geneticamente modificados na União Europeia (UE). Para Os Verdes, esta é uma tentativa desesperada de imposição, através de decreto, da tecnologia dos OGM aos agricultores, aos consumidores e aos cidadãos da UE em geral.
Por último, Os verdes apelam ao bom senso do Governo português para que altere a Portaria 904/2006 que regula a constituição das Zonas Livres de OGMs. Os Verdes relembram que a portaria referida exige uma maioria qualificada de 2/3 dos membros das assembleias municipais para a constituição de uma Zona Livre de OGM e possibilita que a vontade um só agricultor inviabilize a constituição de uma Zona Livre, prevalecendo a vontade de um sobre a vontade da maioria e sobre a deliberação da Assembleia Municipal.
Fonte: PEV
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