O Partido Ecologista Os Verdes voltou a questionar hoje o Governo, em Plenário da Assembleia da República, exigindo medidas concretas para a resolução do problema da entrada de sucatas contaminadas com radioactividade no Cais da Atlanport, Terminal da Quimiparque, no Barreiro, situação que vem sendo denunciada pelos Verdes desde 2004 e sobre a qual, até agora, o Governo nada havia dito ou feito.
A entrada de materiais radioactivos só é detectada à entrada das instalações da Siderurgia Nacional - Empresa de Produtos Longos, S.A. (ex-Siderurgia Nacional, hoje empresa privada de capitais espanhóis), no Seixal, depois de ter sido manuseada por equipamentos e trabalhadores no referido Cais e depois de atravessar zonas de alta densidade populacional em camiões por vezes atulhados até acima com a carga mal acondicionada.
Só à entrada da Siderurgia (que recicla, fundindo, a sucata), que dispõe de um pórtico de detecção de radioactividade, é que esta é descoberta, depois de já ter colocado em perigo trabalhadores, populações e o ambiente constituindo um verdadeiro problema de saúde pública.
Os Verdes quiseram ainda saber, entre outras questões levantadas, se esta situação ocorre noutros portos nacionais, o que é que acontece à sucata contaminada depois de detectada, que procedimentos são adoptados em relação ao transporte não identificado e ilegal destes resíduos perigosos e se está prevista a despistagem dos trabalhadores em risco e a descontaminação dos equipamentos e dos solos.
Apesar da maior parte das perguntas ter ficado sem resposta, a Sra. Secretária de Estado dos Transportes comprometeu-se a lançar concurso para a aquisição de pórticos de detecção de radioactividade (para instalar nos portos nacionais) durante o primeiro semestre de 2007.
Os Verdes esperam que as suas denúncias e exigências tenham de facto conduzido uma mudança de atitude por parte do Governo em relação ao reconhecimento da existência deste problema de segurança nacional, e garantem que vão continuar a acompanhar esta questão de perto e a exigir e a fiscalizar a efectiva execução das promessas feitas.
Fonte: PEV
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