Os são-tomenses vêm os cidadãos de outros países beneficiarem da riqueza oriundo do petróleo no seu subsolo. Novas infra-estruturas como escolas e centros de saúde, novas vias de comunicação melhoram a vida dos cidadãos. Porem em São Tome e Príncipe, ainda não se vê nada. Quando e que os cidadãos destas ilhas vão beneficiar daquilo que afinal e deles?
150.000 habitantes. Talvez biliões de barris de petróleo. Centenas de milhões de dólares (237 milhões) pagos pelas grandes firmas de petróleo. Devemos estar a celebrar mas em vez disso, continuamos a não ver nada em troca.
Em 2004, o Governo passou uma lei cujo objectivo era a eliminação da pobreza e a melhoria da qualidade de vida do povo são-tomense. Prometeu um desenvolvimento harmonioso e integrado para o pais e uma justa partilha da riqueza nacional.
Três anos mais tarde, o povo são-tomense ainda está a espera. E vai ter de esperar muito mais. Chevron Texaco anunciou em Maio de 2006 que tinha encontrado petróleo mas que tinha de fazer mais testes para saber se era económica a extracção. Estes testes só realizar-se-ão no final de 2007. E quando começar a chegar o dinheiro, 40 por cento será para a Nigéria, pois São Tome decidiu partilhar numa base de 40%/60%, mas com todo o investimento suportado pelo vizinho, que aproveitando, ficou com quase tanto como o São Tomé.
No entanto, o Governo já deve ter recebido cerca de 80 milhões de USD e cerca de 50 milhões desta quantia foram investidos nos EUA, nos mercados de Nova Iorque.
Os são-tomenses querem receber salários, querem canetas, lápis, querem condições sanitárias básicas, querem estradas, querem redes de Internet. Não queremos investimentos num continente longínquo que nada tem a ver connosco.
Fátima CHANTRE
PRAVDA.Ru
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