Fortes chuvadas atingem há já quatro dias os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo e causam vários deslizamentos de terras e mortes de ao menos 30 pessoas. A chuva tem destruído, sobretudo, as casas pobres construídas em morros.
Ontem (5), uma mulher morreu em Franco da Rocha (Grande São Paulo) depois de ser atingida por um muro que desabou, na Vila Bela. O nome da vítima ainda não foi confirmado. Ela foi encontrada por operários que removeram os escombros. Equipes foram chamadas, mas não encontraram mais nenhuma vítima.
Na quinta-feira, um deslizamento de terra matou um menino de 6 anos, em Jundiaí (60 km a noroeste de São Paulo), e feriu seu irmão. Na cidade de Várzea Paulista (63 km a noroeste de São Paulo), uma casa desabou e uma mulher de 73 anos ficou presa sob os escombros. Ela teve escoriações sem gravidade.
Dois pescadores que estavam na margem do rio Paraná, em Presidente Epitácio (655 km de São Paulo), foram atingidos por um raio. Um deles morreu.
No Estado do Rio, 24 pessoas morreram por causa dos temporais. A Defesa Civil chegou a anunciar 25 mortes, mas duas delas --por afogamento, ocorridas em Campos--, que haviam sido atribuídas às chuvas, foram retiradas da lista, fazendo o número cair para 23. Em seguida, o corpo de uma pessoa que estava desaparecida em Sumidouro foi encontrado, aumentando o número para 24.
Também em Sumidouro, cinco pessoas morreram em um desabamento na madrugada de sexta-feira. No dia anterior, pai e filho foram soterrados por uma barreira em uma estrada. Nenhum dos dois resistiu. A cidade é a que registra o segundo maior número de óbitos causados pelos temporais. Nova Friburgo teve dez vítimas. As demais mortes ocorreram em Teresópolis e Petrópolis.
Na madrugada desta sexta-feira, um acidente com um ônibus de turismo deixou três pessoas mortas e 37 feridas em Minas. Desde outubro do ano passado, 17 pessoas morreram em Minas por causa dos temporais.
De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual em Manhumirim, o ônibus --que saíra de Anchieta (ES) com destino a Belo Horizonte-- perdeu o controle e caiu em uma ribanceira, na altura do km 98 da MG-111
As previsões para os próximos dias não são animadoras, já que apontam para mais chuva durante todo o mês de janeiro na região do Rio e São Paulo. Neste momento teme-se pela vida dos que vivem em zonas de risco de derrocada, mas muitos também receiam que a chuva afaste os turistas do Carnaval do Rio.
Com Folha Online
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