O primeiro-ministro timorense, José Ramos Horta, culpou as forças internacionais mobilizadas no país pela fuga de aproximadamente 50 presos de uma prisão de Díli esta semana.
O Governo australiano declarou hoje (3) que o Timor Leste deve se tornar responsável pelos seus assuntos internos e buscar soluções para seus problemas, segundo a agência de notícias australiana "AAP". "Eles têm que aprender a resolver seus problemas e não continuar esperando a comunidade internacional para que solucione seus problemas", afirmou o ministro de Assuntos Exteriores australiano, Alexander Downer, na cidade de Adelaide.
O chefe da diplomacia australiana assegurou que a Austrália nunca voltará as costas para o Timor Leste, mas que os timorenses devem se responsabilizar pela fuga dos prisioneiros, até hoje não detidos, entre eles o militar rebelde Alfredo Reinad.
"Vocês não podem culpar a Austrália ou a Nova Zelândia ou Portugal ou Malásia ou o secretário-geral da ONU por todos os problemas do Timor Leste", afirmou Downer.
Downer deve partir esta noite para Díli, onde se reunirá com Ramos Horta, o presidente do Timor Leste, Xanana Gusmão, o ministro de Assuntos Exteriores indonésio, Hassan Wirayudha, e oficiais militares australianos no país.
Uma onda de violência que explodiu em maio no Timor levou à mobilização de uma força de paz de 3.200 soldados enviados por Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal para estabilizar a situação.
A crise de segurança causou a morte de 30 pessoas e deixou outras 150 mil deslocadas.
O Timor Leste se transformou em uma nação independente em 2002, após a intervenção armada da ONU e depois de passar dois anos sob a administração do organismo internacional.
EFE
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