O programa Bolsa Família, criado pelo governo Lula, faz sucesso em Washington e melhora as perspectivas de combate à pobreza na América Latina, segundo relatório do Banco Mundial.
Entre 2002 e 2005 a pobreza teve uma redução de pouco menos de 1% na América Latina. O índice teria sido ainda menor se não fosse o Brasil, onde a queda foi bem mais acentuada: o número de pobres teve uma diminuição de 3% desde que o presidente Lula assumiu o governo.
O impacto das políticas sociais no Brasil tem sido extraordinariamente impressionante. O programa Bolsa Família tem tido um papel importante na redução da pobreza , afirmou na última semana o economista-chefe do Bird, François Bourguignon.
Para alcançar as Metas de Desenvolvimento do Milênio, aprovadas em 2000 por 189 governantes, os países latino-americanos devem reduzir de 11,3% em 1990 para 5,7% em 2015 a proporção de pessoas com renda inferior a US$ 1 por dia. Pela última estimativa, esses pobres ainda serão 6,2% no final do período. De todo modo, o resultado seria pior sem o desempenho do Brasil, conforme disse o economista-chefe do Bird, François Bourguignon.
Na última semana, o próprio presidente do Bird, Paul Wolfowitz, lembrou que programas como o Bolsa Família podem produzir um "enorme impacto" na pobreza com a aplicação de menos de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto- o conjunto das riquezas produzidas no país). Programas desse tipo sugerem que é possível provocar um grande impacto sobre a pobreza e no número de pessoas que vivem na miséria. No caso do Brasil eu creio que estamos falando em nada menos do que meio ponto percentual do seu PIB.
Segundo Wolfowitz, a América Latina em geral deveria se empenhar mais em promover projetos que realmente façam diferença. O executivo disse que a grande questão é saber como fazer com que o crescimento econômico seja mais rápido, sem que isso implique necessariamente em grandes saltos. O importante é ver o que se pode fazer para distribuir melhor os resultados do crescimento que já existe. Eu creio que há a possibilidade de se obter melhores resultados na redução da pobreza, mesmo com um crescimento econômico limitado, afirmou.
Fonte: PT
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