Brasil: Emprego na indústria cresceu 0,4% em abril

Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário – Fonte IBGE

Base: Abril de 2010

De março para abril, o crescimento no emprego industrial ficou em 0,4%, já descontados os efeitos sazonais, quarto resultado positivo consecutivo. Na comparação com abril de 2009, a expansão do emprego alcançou 3,3%, a maior desde fevereiro de 2008 (3,5%), e no acumulado no ano atingiu 1,3%. O número de horas pagas em março ficou praticamente estável, com alta de 0,1% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. No confronto com o mesmo mês do ano anterior, a alta chegou a 4,2%, sendo a maior desde dezembro de 2004 (4,7%), e acumulou 2,4% no ano. A folha de pagamento real dos trabalhadores recuou 0,4% na passagem de março para abril, já descontada a sazonalidade, primeira queda após três meses de alta. Comparada com abril de 2009, houve elevação de 5,4%, acumulando 3,8% nos quatro primeiros meses de 2010.

Pessoal Ocupado acumula alta de 2,0% nos últimos quatro meses na série com ajuste sazonal

O emprego industrial avançou 0,4% em abril de 2010, quando comparado ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. Os últimos quatro meses registraram taxas positivas, acumulando expansão de 2,0% no período. Assim, a média móvel trimestral cresceu 0,6% entre os trimestres encerrados em março e abril, mantendo a trajetória ascendente iniciada em julho de 2009.

Frente ao mesmo mês de 2009, a alta de 3,3% no pessoal ocupado é a mais elevada desde os 3,5% registrados em fevereiro de 2008. O acumulado no primeiro quadrimestre de 2010 atingiu 1,3%, acima do ritmo de alta do primeiro trimestre (0,7%). No acumulado nos últimos 12 meses, a redução no ritmo de queda iniciada em dezembro acelerou, passando de -4,1% em março para -3,4% em abril.

A alta no índice mensal (3,3%) é o terceiro resultado positivo consecutivo. Todos os locais investigados (14) assinalaram taxas positivas, com São Paulo (2,8%) exercendo o principal impacto para a formação da média global. Logo após vem a região Nordeste (5,8%), o Rio Grande do Sul (4,9%), a região Norte e o Centro-Oeste (4,6%), além do Ceará (8,9%). Houve acréscimo em 12 setores da indústria paulista, com destaque para alimentos e bebidas (4,4%), têxtil (11,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,3%), vestuário (6,5%) e meios de transporte (3,4%). No Nordeste, as maiores influências positivas ocorreram por calçados e couro (17,6%) e alimentos e bebidas (6,7%). Na indústria gaúcha destacaram-se máquinas e equipamentos (9,6%), outros produtos da indústria de transformação (12,7%), borracha e plástico (13,5%) e meios de transporte (7,7%). Na região Norte e Centro-Oeste e Ceará, alimentos e bebidas (4,6%) e minerais não metálicos (24,2%); calçados de couro (19,6%) e alimentos e bebidas (8,8%) exerceram, respectivamente, as principais pressões positivas.

Ainda na comparação com abril de 2009, houve ampliação no pessoal ocupado assalariado em 13 dos 18 segmentos pesquisados, com destaques para alimentos e bebidas (2,7%), produtos de metal (6,9%), máquinas e equipamentos (5,8%), calçados e couro (7,0%), meios de transporte (4,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,7%) e têxtil (7,1%). Entre os cinco ramos com queda, o maior impacto negativo foi exercido pelo setor de madeira (-8,7%).

O indicador acumulado fechou o quadrimestre em alta de 1,3%, revertendo a queda dos últimos quatro meses de 2009 (-4,7%), nas comparações contra iguais períodos de anos anteriores. De janeiro a abril de 2010, 12 locais e 12 ramos ampliaram o número de pessoal ocupado. Entre os locais, São Paulo (1,6%), Nordeste (3,3%), Ceará (8,1%%) e Rio Grande do Sul (1,6%%) exerceram as principais influências positivas sobre a média global, ao mesmo tempo em que Minas Gerais (-1,1%) e Paraná (-0,4%) registraram as duas únicas taxas negativas. Setorialmente, as contribuições positivas mais relevantes ocorreram em alimentos e bebidas (1,7%), calçados de couro (4,9%), papel e gráfica (4,6%) e têxtil (5,1%). Já madeira (-11,0%) e vestuário (-2,3%) registraram as pressões negativas mais importantes.

Número de horas pagas cresceu em todos os locais pesquisados

O número de horas pagas na indústria ficou praticamente estável (0,1%) em abril de 2010, frente a março, na série livre dos efeitos sazonais, após ter avançado 1,4% em fevereiro e 1,2% em março. Assim, a média móvel trimestral avançou 0,9% entre abril e março e manteve sua trajetória ascendente, iniciada em julho de 2009.

Na comparação com abril de 2009, a alta de 4,2% é a terceira taxa positiva consecutiva e também o maior avanço desde dezembro de 2004 (4,7%). O acumulado nos quatro primeiros meses de 2010 cresceu 2,4%, acima do registrado no primeiro trimestre (1,8%). A taxa dos últimos 12 meses, em trajetória ascendente desde janeiro, passou de -4,0% em março para -3,1% em abril, a melhor desde junho de 2009 (-2,3%).

No confronto abril de 2010 / abril de 2009, o número de horas pagas cresceu nos 14 locais e em 14 dos 18 ramos pesquisados. As principais pressões positivas vieram de meios de transporte (9,3%), alimentos e bebidas (3,1%), máquinas e equipamentos (8,6%) e produtos de metal (7,1%). Já a contribuição negativa mais relevante ocorreu no setor de madeira (-7,8%). Entre os locais, São Paulo (4,0%) exerceu o maior impacto positivo no resultado nacional, seguido por Nordeste (5,6%), Rio Grande do Sul (5,8%), Norte e Centro-Oeste (4,8%) e Rio de Janeiro (5,9%). Na indústria paulista, 13 atividades aumentaram o número de horas pagas, com destaque para meios de transporte (7,6%), alimentos e bebidas (4,7%) e têxtil (13,4%). No Nordeste, calçados e couro (16,2%) e alimentos e bebidas (6,2%) tiveram as principais influências, enquanto no Rio Grande do Sul máquinas e equipamentos (13,3%), outros produtos da indústria de transformação (17,2%) e meios de transporte (15,2%) foram os destaques na formação da taxa global. Na região Norte e Centro-Oeste, e no Rio de Janeiro, os destaques foram, respectivamente, minerais não metálicos (25,6%) e alimentos e bebidas (3,3%); e meios de transporte (19,2%) e metalurgia básica (29,2%).

No primeiro quadrimestre de 2010, o número de horas pagas cresceu 2,4%, revertendo as quedas observadas nos quadrimestres de 2009 (-5,3%, -7,1% e -4,3%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. Na formação do índice acumulado, todos os locais e 14 atividades registraram altas. Setorialmente, os principais impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (2,7%), meios de transporte (5,5%), máquinas e equipamentos (5,0%), papel e gráfica (5,5%), calçados e couro (4,4%) e têxtil (5,1%), enquanto as indústrias da madeira (-11,2%) e de vestuário (-2,1%) exerceram as maiores influências negativas. Entre os locais, São Paulo (3,1%), Nordeste (3,5%), Ceará (8,2%), Rio Grande do Sul (2,3%) e Rio de Janeiro (3,5%) registraram as maiores pressões positivas.

Valor da folha de pagamento real cresceu em todos os locais em 2010

Em abril de 2010, o valor da folha de pagamento real ajustado sazonalmente recuou 0,4% em relação a março, após ter crescido por três meses seguidos e acumulado acréscimo de 9,4% nesse período. Assim, a média móvel trimestral avançou 1,1%, quarta taxa positiva consecutiva, e acumulou ganho de 6,1% desde janeiro.

Na comparação com abril de 2009, o valor da folha de pagamento real cresceu 5,4% e assinalou o quarto resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação. O indicador acumulado nos quatro primeiros meses cresceu 3,8%. Já o dos últimos 12 meses, em trajetória ascendente desde dezembro (-2,7%), avançou 0,5 ponto percentual entre março (-1,8%) e abril (-1,3%).

Na comparação abril de 2010 / abril de 2009, o valor da folha de pagamento real aumentou em todos os 14 locais pesquisados, com a maior contribuição positiva sobre a média global ficando a cargo de São Paulo (3,2%), apoiada principalmente por alimentos e bebidas (9,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,5%) e minerais não metálicos (14,9%). Também foi importante o impacto vindo das indústrias do Rio de Janeiro (10,1%) e seus ganhos em meios de transporte (38,1%) e indústrias extrativas (6,1%); do Paraná (9,3%) por conta de meios de transporte (15,3%) e máquinas e equipamentos (21,0%); e do Rio Grande do Sul (7,9%) em razão dos setores de máquinas e equipamentos (14,0%) e meios de transporte (18,3%).

Setorialmente, ainda no indicador mensal, o valor da folha de pagamento real cresceu em 17 dos 18 setores. As maiores influências positivas vieram de alimentos e bebidas (6,7%), máquinas e equipamentos (7,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (10,0%), meios de transporte (3,0%) e minerais não metálicos (10,5%). Já a única taxa negativa foi verificada no setor de madeira (-5,1%).

O acumulado de janeiro a abril de 2010 ficou em 3,8%, revertendo as quedas observadas nos quadrimestres de 2009 (-0,7%, -3,3% e -3,9%), todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Na formação da taxa de 3,8%, todos os locais mostraram incremento, com destaque para os impactos de São Paulo (2,5%), Rio de Janeiro (8,9%) e Paraná (7,2%). Nestes locais, os maiores acréscimos na massa salarial ocorreram, respectivamente, em papel e gráfica (13,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (15,4%) e alimentos e bebidas (5,4%); meios de transporte (24,6%), produtos químicos (12,7%) e indústrias extrativas (5,3%); e máquinas e equipamentos (17,3%), meios de transporte (9,6%) e produtos químicos (23,6%).

Em termos setoriais, 15 das 18 atividades expandiram o valor real da folha de pagamento, com alimentos e bebidas (4,9%), papel e gráfica (10,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (10,1%), meios de transporte (2,7%) e produtos químicos (4,4%) exercendo as principais contribuições positivas. Já as três pressões negativas sobre a média global no primeiro quadrimestre do ano vieram de metalurgia básica (-2,9%), madeira (-7,7%) e produtos de metal (-0,5%).

Ricardo Bergamini
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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey