Pesquisa da Firjan mostra que atividade industrial retoma tendência de alta - Pessoal ocupado atinge patamar mais alto desde 2003 - As vendas da indústria do estado do Rio de Janeiro, em abril, aumentaram 2,4% frente a março. Com ajuste sazonal (procedimento estatístico que retira os efeitos de variações típicas de determinado período), no entanto, houve ligeiro recuo de 0,57%.
Rio, 04 de junho de 2008
As vendas da indústria do estado do Rio de Janeiro, em abril, aumentaram 2,4% frente a março. Com ajuste sazonal (procedimento estatístico que retira os efeitos de variações típicas de determinado período), no entanto, houve ligeiro recuo de 0,57%. Mas, no primeiro quadrimestre deste ano, as vendas industriais subiram 9,57% na comparação com o mesmo período de 2007 e cresceram 15,55% no acumulado dos últimos doze meses encerrados em abril.
Os números são da pesquisa Indicadores Industriais do Sistema Firjan, divulgada nesta quarta-feira, dia 4. Os demais índices sinalizaram retomada da tendência de alta da atividade, como horas trabalhadas e utilização da capacidade instalada, depois da acomodação dos dois últimos meses.
O desempenho da indústria fluminense, este ano, poderá ficar um pouco abaixo do apresentado em 2007, de acordo com as projeções econômicas. A atividade industrial tende a ser menor, tendo em vista a perspectiva de alta das taxas de juros, derivada do processo de deterioração das expectativas inflacionárias, avalia Luciana de Sá, diretora de Desenvolvimento Econômico do Sistema Firjan.
Setores
Em abril, as maiores altas de vendas ocorreram nos setores de outros equipamentos de transporte; refino, combustível nuclear e álcool; papel e celulose; veículos automotores e alimentos e bebidas. As áreas de outros equipamentos de transporte e de veículos automotores, que registraram avanços respectivos de 31,8% e de 12% contra março, aumentaram seu faturamento devido à entrega de encomendas. Já refino, combustível nuclear e álcool e também papel celulose acusaram aumento do número de pedidos. A indústria de alimentos e bebidas por sua vez, com expansão de 10,22% nas vendas, foi favorecida por maior demanda e pelo período de safra da cana-de-açúcar.
Foram, ainda, os setores de veículos automotores, vestuário, produtos de metal, edição e impressão, máquinas e equipamentos e metalurgia básica os principais responsáveis pelo aumento de 2,5% das horas trabalhadas em abril frente a março. Com o ajuste sazonal, a alta chegou a 2,79%.
Pessoal ocupado
A indústria fluminense criou, em abril, 1.951 novos empregos, correspondentes ao aumento de 0,52% do pessoal ocupado ou 0,01% já considerado o ajuste sazonal. A pesquisa Indicadores Industriais encontrou nesse resultado o maior patamar do pessoal ocupado desde o início da série histórica, iniciada em 2003.
Nove setores dos 16 setores pesquisados contrataram mais mão-de-obra ante a necessidade de aumentar a produção, com destaque para material eletrônico e comunicação, produtos de metal, outros equipamentos de transporte, têxteis e máquinas e equipamentos.
Salários
Os trabalhadores do setor de refino, combustível nuclear e álcool foram os que apresentaram maior redução da massa salarial em abril, devido ao pagamento de gratificações em março. A retração foi de 15,03%. Pelo peso que representa na indústria fluminense, este setor foi determinante para o resultado final da diminuição de 2,49% da massa salarial dos industriários, já aplicado o ajuste sazonal.
Na comparação com abril de 2007, no entanto, os salários pagos pela indústria aumentaram 9,3% e 9,7% nos primeiros quatro meses deste ano frente a igual período do ano passado.
Capacidade instalada
A indústria fluminense operou, em abril, a uma taxa de utilização da capacidade instalada muito próxima ao mês anterior, ou seja, 79,99% contra 79,96%. Dos 16 setores acompanhados pela pesquisa, onze apresentaram índice superior a 80%, com destaque para veículos automotores (94,78%), produtos de metal e máquinas (93,08%) e máquinas e equipamentos (87,68%).
Fonte: SISTEMA FIRJAN www.firjan.org.br
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