A Chipidea, empresa tecnológica portuguesa foi ontem (27), adquirida pela norte-americana MIPS Technologie, por 100 milhões de euros segundo o Diário de Notícias. O negócio cria o segundo maior grupo mundial no design de semicondutores e o fornecedor número um de IP analógico.
Aliás, a tecnologia analógica, na qual a Chipidea criou um know-how único numa empresa independente, foi a principal motivação para a compra, explicou ontem o presidente executivo da MIPS, John Bourgoin, na sede da empresa portuguesa, no Tagus Park.
Mesmo sem sinergias, o negócio criará valor, dada a elevada complementaridade das duas empresas. A MIPS concebe semicondutores de tecnologia digital.
O novo grupo, em que a Chipidea se mantém como uma unidade de negócio autónoma, terá um portfólio único de tecnologia ao nível de design de semicondutores que são usados em vários interfaces da electrónica de consumo. A aposta é que estas componentes, hoje produzidas integradamente em grandes empresas a custos mais elevados, passem a ser fornecidas pelo grupo.
Mas a Chipideia vai manter a unidade em Portugal, avançou José Epifâneo da Franca, presidente da tecnológica nacional, em conferência de imprensa, de acordo com o Jornal de Negócios.
"Um terço dos nossos colaboradores estão em Portugal, apesar de eu ser crítico quanto a situações no país como os impostos e a forma de recrutamento dos recursos humanos não há porque sairmos daqui", disse Epifânio da Franca.
O presidente da MIPS, John Bourgois, em Portugal, sublinhou "estamos satisfeitos com a companhia tal e qual como está, somos complementares".
O presidente da Chipidea salientou que mantém a sua estratégia "de termos um plano agressivo de recrutamento". Em 2010, a empresa portuguesa estimava ter 600 colaboradores, número que compara com os cerca de 300 que tem actualmente.
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