Pânico induzido, denunciam na Colômbi
Bogotá, 23 nov (Prensa Latina) Várias vozes denunciam hoje na Colômbia o que consideram pânico induzido, como uma estratégia para deslegitimar o protesto pacífico contra políticas do governo do presidente Iván Duque.
Vocês acham que com 20 mil polícias que há em Bogotá mais quem sabe quantos soldados, e não apanharam nenhum dos 'vândalos' que 'estavam se metendo' aos conjuntos (residenciais)? Nem um? Não nos criam tão tolos! Isto foi #PanicoInducido, expressou através de Twitter a e-senadora Piedad Córdoba.
Mandavam-nos entrar nos conjuntos, bater nas portas, romper vidros e iam-se. Logo a gente atemorizada compartilhava os vídeos em seu WhatsApp e viralizavam. Milhares de famílias aterrorizadas passaram a noite em vela! á#PanicoInducido é um delito!, enfatizou.
Cronología do pânico induzido: 1) Governo 'prende alarmes' antes da marcha pacífica e anuncia exageradas medidas (fechamento de fronteiras; quarteladas; toque de recolher; militarizações; 2) Posterior a exitosa marcha pacífica desatam vandalismo simultâneo, organizado e planejado, manifestou por sua vez Roy Barreiras, da Comissão de Paz do Senado.
Barreiras assinalou que o partido de governo, Centro Democrático, fundado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, culpa à mobilização social pacífica 'do caos', e que seus porta-vozes convidam aos cidadãos à autodefensa 'em unidades residenciais', começam a justificar uma 'conmoción interior' e propõem armas de fogo 'para todos'.
Senhores do partido Centro Democrático não se equivoquem. Não vão conseguir que o país 'clame pelo regresso de Uribe' recreando fantasmas nem assustando à gente maximizando ou inventando inimigos. O país marchou (no desemprego nacional do 21 de novembro último) com os olhos abertos para o futuro não para o passado, reforçou.
Por sua vez, o senador Iván Cepeda expressou que há múltiplas evidência de que sujeitos que promovem ações vandálicas e violentas estão atuando com respaldo de membros da Polícia. Estas situações devem ser pesquisado e esclarecer com urgência, apontou.
Peço à cidadania envie-me toda informação que possa dilucidar a natureza dos ataques vandálicos: simultaneidade, origem e composição dos grupos de atacantes, eventuais vínculos com membros da Força Pública, focalização em certos conjuntos residenciais, precisou.
Ao respeito, Duque recusou hoje as afirmações 'que estão tratando de insinuar que é a Força Pública a que promove o vandalismo'.
Meios locais de imprensa reportaram a véspera alterações da ordem pública, saques e fatos vandálicos em alguns pontos do país, sobretudo na capital colombiana. Tais fatos tiveram lugar após que centos de milhares de colombianos se virassem às ruas o 21 de novembro como parte de um desemprego nacional em rejeição a políticas do governo, contra a violência e pela vida.
Conquanto em sua maioria os protestos decorreram de maneira pacíficas, em vários lugares registraram-se distúrbios e repressão policial.
Os organizadores do desemprego realçaram o espírito pacífico dessas mobilizações ao mesmo tempo em que recusaram as ações violentas que seguiram às marchas.
Adicionalmente, a cidadania completou duas noites consecutivas manifestando-se pacificamente através de panelaços ao mesmo tempo em que nas redes sociais digitais os usuários unem-se ao chamado de continuar ações de protestos, mas sem violência.
Nesta quinta-feira em alguns pontos de Bogotá, as pessoas reúnem-se para a terceira jornada de panelaços.
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