No Instituto de Coração do Hospital das Clínicas (Incor), em São Paulo, a cirurgia de transplante de coração de Felipe Watanabe da Silva, de 2 anos, terminou no ínicio da madrugada desta quinta-feira, 28. O menino veio do Japão para o Brasil somente para fazer a operação, segundo o Estadão.
Com diagnóstico de miocardiopatia dilatada, ele aguardava a doação de um órgão no Incor desde o último dia 4. Antes, foi internado por 9 meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Jichi Children's Medical Center, no Japão.
Com o fim da cirurgia, que durou 4 horas, Silva foi transferido para a UTI pós-operatória, onde permanecerá por tempo indeterminado. O quadro dele, segundo o Incor, é estável e evoluiu satisfatoriamente nas primeiras horas após o transplante, consideradas as mais críticas.
O menino está sedado, respira com a ajuda de aparelhos e sob tratamento medicamentoso com drogas vasoativas e contra rejeição do novo coração, doado por uma criança no interior paulista.
Segundo o médico Miguel Barbero Marcial, chefe da equipe cirúrgica de transplante infantil do hospital, que conduziu a operação, não são permitidas no Japão doações de órgãos de pessoas com morte encefálica com menos de 15 anos - dessa forma, de acordo com o hospital, pacientes que estão no país à espera de um órgão dessa procedência são enviados para transplante na Europa, Estados Unidos e Brasil.
Silva começou a apresentar os sinais da doença pouco depois de desembarcar no Japão, para onde foi levado pelos pais, os brasileiros Fernando de Oliveira da Silva, de 30 anos, e Salete Watanabe da Silva, de 28, em junho de 2007.
Com a indicação de transplante, a família do menino promoveu uma campanha a fim de levantar fundos para trazê-lo de volta ao Brasil. O casal conseguiu apoio do Itamaraty para as passagens aéreas e recursos da comunidade brasileira no Japão para realizar a viagem.
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