É evidente que os seguranças brasileiros do Museu de Arte de São Paulo não viram o famoso filme Como roubar um milhão de dólares de William Wyler, caso contrário saberiam que não se pode desativar o sistema de alarme quando "vive disparando" à noite.
Na madrugada desta quinta-feira, 20, três ladrões roubaram as telas O lavrador de café, de Candido Portinari, e Retrato de Suzanne Bloch, de Pablo Picasso, segundo Estado de São Paulo. As obras são avaliadas em US$ 5 milhões e US$ 50 milhões, respectivamente. Segundo o assessor de imprensa do museu Paulo Alves o principal museu de arte da América Latina, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) não tem seguro específico para suas obras de arte, mas apenas um seguro geral para o prédio.
Além disso, o sistema de alarme do museu estava desativado no momento do roubo, segundo Alves. O sistema de alarmes teria sido desativado porque "vivia disparando" quando os seguranças faziam a ronda.
Agora, só existe a ronda, feita por cerca de 30 seguranças em sistema de rodízio. Em 29 de outubro, houve uma tentativa de invasão do museu cuja presença, segundo nota da instituição à época, foi detectada pelos alarmes.
Em nome do curador do museu, Teixeira Coelho, Alves afirmou que o seguro não seria habitual em nenhum museu de grande porte do mundo, porque seria impraticável seu pagamento.
"Um acervo de US$ 1 bilhão teria uma porcentagem do seu valor, o que daria aí US$ 10 milhões por ano. É mais do que o faturamento do museu, ficaria inviável", disse Alves.
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