Nos últimos 15 anos, houve uma queda de 50% no número de jovens brasileiros de 16 e 17 que votaram nas eleições nesse período. A informação é do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entidades ligadas aos adolescentes acreditam que a grande quantidade de casos de corrupção no Brasil e a falta de espaço para debates nos colégios têm feito com que os jovens se afastem da política nacional.
Desde o dia 15 de outubro último, o TSE está veiculando na TV e nas rádios de todo o país a Campanha de Conscientização do Voto Jovem. O Tribunal também produziu cartazes e distribuiu em escolas e locais de grande concentração de adolescentes. O trabalho de divulgação deve durar até 15 de dezembro.
Segundo o assessor-chefe de Comunicação Social do TSE, Renato Parente, a Justiça Eleitoral ficou surpresa ao realizar um levantamento sobre o número de eleitores jovens em todo o país. Diante dos números nacionais, o presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, decidiu lançar esta campanha para incentivar os jovens a tirar seu título de eleitor e participar das eleições de 2008.
De acordo com dados estatísticos da Justiça Eleitoral, em outubro de 1992, ano em que vários estudantes se mobilizaram diante do impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo, o número de eleitores com 17 anos era de 1.822.639 (2,02%) e com 16 anos, de 1.398.841 (1,55%), chegando a 3,57% do eleitorado.
Já em junho de 2007, o número de jovens eleitores com 17 anos era de 1.584.199 (1,26%) e com 16 anos, de 507.939 (0,4%), perfazendo um total de 1,66%.
A partir da Constituição de 1988, os adolescentes de 16 e 17 anos adquiriram o direito ao voto. Essa foi uma oportunidade para uma parcela da juventude conquistar formalmente a cidadania e provar que é capaz de gerir o próprio destino e influenciar nas decisões coletivas da sociedade brasileira.
Larissa MERCANTE
PRAVDA.Ru
BRASIL MG
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter