Um tribunal do Rio de Janeiro deu aos atores Luana Piovani (Zuzu Angel) e Dado Dolabella (Gaijin 2 Ama-me Como Sou) a vitória por danos morais em uma ação movida contra a RedeTV!.
De acordo com um juiz, os atores tiveram suas imagens violadas e foram humilhados pelos apresentadores do programa. Os atores afirmaram, ainda, que a produção do programa foi a Jabuticabal (SP), cidade natal de Luana Piovani, e contra ela promoveram uma campanha difamatória em praça pública, na frente de milhares de pessoas. Por isso, alegaram que tiveram seus momentos de privacidade invadidos. Além disso, afirmaram que os apresentadores inventaram supostas brigas e discussões entre eles, questionando o então namoro existente.
Ainda, um carro de som chegou a ser estacionado na porta da casa de Dado Dolabella, promovendo algazarra, constrangendo-o e prejudicando o trânsito no local. Todos os fatos estão registrados em um DVD , com a edição do programa, que foi juntado ao processo e exibido durante audiência realizada na última quarta-feira (22/8).
A emissora foi condenada a pagar a quantia de R$ 250 mil a Piovani e outros R$ 50 mil a Dolabella. Se a dupla Sílvio e Vesgo (personagens dos humoristas Wellington Muniz e Rodrigo Scarpa) do programa Pânico na TV voltarem a perseguir os atores, fazerem qualquer referência a eles, seus familiares ou imóveis deverão desembolsar outros R$ 250 mil.
O advogado Ricardo Brajterman, o mesmo que ganhou outro processo contra o Pânico, dessa vez em nome da atriz Carolina Dieckmann (do ainda inédito Sexo com Amor), declarou que seus clientes comemoram muito essa condenação. Eles foram muito prejudicados com essa história. É claro que a sentença não é definitiva, ainda cabe recurso, mas é uma primeira vitória muito importante.
Em sua defesa, a emissora alegou que o Pânico na TV tem o objetivo de retratar um pouco da intimidade das pessoas famosas, de forma descontraída e engraçada, a fim de divertir os telespectadores. Afirmou que jamais ocorreu qualquer tipo de agressão física e verbal e sustentou que os atores deveriam ficar gratos ao programa, que tem elevados níveis de audiência, por estar promovendo a sua imagem sem nada lhes cobrar.
Os argumentos da emissora foram criticados pelo juiz. A simples leitura da contestação apresentada pela emissora demonstra a distância que está à concepção moral, ética e jurídica da empresa, daquela que deve ser hegemônica em uma sociedade equilibrada, que adota valores consistentes, inclusive em meios de comunicação em larga escala.
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