Os objetos relacionados ao desastre do Titanic , que afundou em 1912, em sua primeira viagem, depois de chocar-se com um iceberg serão vendidos num leilão da Christie's na próxima semana, incluindo anotações em livros de registro de navio descrevendo como corpos de passageiros afogados foram "enterrados" no mar, com pesos de 23 quilos presos a eles. As espreguiçadeiras do convés do navio não farão parte do leilão.
O leilão de memorabilia de vários navios que faziam travessias oceânicas está previsto para render até 1 milhão de dólares.
O especialista marítimo Gregg Dietrich, um dos vice-presidentes da Christie's, reconheceu que o leilão terá um lado sombrio, porque alguns dos objetos oferecidos dão detalhes sobre as operações de recuperação após o desastre.
"Vinte e quatro corpos foram lançados ao mar. O reverendo Canon Hind oficiou no serviço fúnebre", dizem anotações feitas a lápis num livro-registro do MacKay-Bennett, o segundo navio de resgate que chegou ao local do desastre. "Pesos de 50 libras foram amarrados a cada um."
A expectativa é que o livro de registros do MacKay-Bennett seja arrematado por entre 30 mil e 50 mil dólares.
Dietrich disse que o Titanic ainda desperta interesse, quase um século depois de afundar, devido às "declarações grandiosas" feitas sobre seu design.
"Além disso, foi o primeiro desastre transmitido para o mundo pela rádio", disse ele.
O navio, supostamente impossível de afundar, afundou rapidamente, deixando para trás 360 corpos que foram recuperados. Das mais de 2.200 pessoas que estavam a bordo, cerca de 700 sobreviveram.
O leilão também vai incluir um relato do desastre, escrito à mão em oito páginas pela sobrevivente Laurie McCribb, natural de Nova Jersey, cujo pai morreu.
McCribb, que era adolescente, detalha o momento em que o navio se chocou com o iceberg, a retirada caótica dos passageiros, sua separação de seu pai e como ela assistiu às luzes do Titanic se apagarem.
"Terríveis gritos e gemidos dos passageiros infelizes e fadados à morte que foram deixados nos destroços do grande navio", escreveu McCribb
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