Uma mãe austríaca manteve as suas filhas presas num quarto escuro durante sete anos em Poestlingberg perto da cidade de Linz, no Estado da Alta Áustria . Ela vai enfrentar um processo na Justiça em mais um caso, depois do de Natascha Kampusch, que chocou o país. O isolamento forçado das três meninas começou após o divórcio dos pais, em 1998, quando elas tinham seis, dez e 13 anos de idade.
A mãe, uma jurista, fechava as cortinas, tirava todas as lâmpadas da casa e proibia que Viktoria, Katharina e Elisabeth, fossem ao colégio. As autoridades locais afirmaram que ela mesma ensinava as filhas em casa.
O jornal austríaco Österreich divulgou a suspeita de que a educação era, na verdade, uma forma de as submeter a uma lavagem cerebral para que as meninas rejeitassem o pai. De acordo com o site austríaco Der Kurier, as meninas desenvolveram sua própria língua e brincavam com ratos em meio à sujeira e a excrementos humanos.
A advogada de duas das meninas, Margreth Tews, disse ao jornal Der Standard que "durante anos a organização de bem-estar juvenil e as autoridades apenas observaram (o caso) sem agir". A imprensa alemã conta que o pai das meninas tentou vê-las em inúmeras ocasiões, mas foi sempre impedido pela ex-mulher.
Elas foram resgatadas por autoridades locais em 2005, mas só agora os detalhes sobre o caso foram divulgados pela imprensa.
Segundo ela, vizinhos, médicos e educadores em Poestlingberg "disseram várias vezes às autoridades que estavam preocupados com as meninas". Tews disse que as autoridades deveriam ter agido em 2001, quando a mãe foi tratada em uma clínica de Linz por alucinações.
Hoje as garotas têm 14, 18 e 21 anos. Estão seriamente traumatizadas e vêm fazendo sessões de psicoterapia em uma clínica perto da cidade de Klagenfurt.
O caso está sendo comparado ao de Natascha Kampusch, a menina que foi mantida refém em um porão por oito anos.
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