Reunidos em congresso, em Lisboa, durante dois dias, cerca de 70 editores concluiram que o sector enfrenta «um panorama muito desfavorável», em parte porque falta no país «uma politica clara de divulgação da língua portuguesa, dos seus escritores e dos seus livros no estrangeiro».
Segundo a União dos Editores Portugueses (UEP), Portugal está «praticamente excluído das representações nacionais, à excepção da Feira de Frankfurt». «Não é compreensível que os organismos dependentes dos Ministérios da Economia, da Cultura e dos Negócios Estrangeiros possam ser tão insensíveis a estas questões que assumem noutros países lugar de grande relevância nacional».
As conclusões do Congresso da União dos Editores Portugueses defendem o
livro como «um produto especial» e «incontornável para a evolução de qualquer país». Esse «produto» deve ser, por isso, «especialmente acarinhado num país onde mais de metade da população não lê sequer um livro por ano e onde a iletrada atinge percentagens muito acima dos padrões europeus».
O congresso congratulou-se com o lançamento do Plano Nacional de Leitura, há cerca de cinco meses, mas considera que a iniciativa tem ainda «pouca visibilidade». «Até à data, o Plano Nacional de Leitura passou despercebido à generalidade da população, a muitos professores e a muitas escolas», critica a UEP, na divulgação dos resultados do congresso, terça-feira à noite.
Segundo "Visão Online"
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