O professor americano John Mark Karr, de 41 anos, detido na Tailândia suspeito do assassinato de JonBenet Ramsey, menina de seis anos que vencera vários concursos de beleza, em 1996 nos Estados Unidos, chegou a Los Angeles nesta segunda-feira, onde será interrogado pela justiça.
Ele ficará em uma prisão local durante os trâmites para sua transferência ao estado do Colorado.
Karr foi preso na quarta-feira passada em Bangcoc como parte da investigação do assassinato da pequena JonBenet, encontrada morta, agredida e estrangulada no porão da casa da família em Boulder (Colorado) no dia 26 de dezembro de 1996.
A polícia tailandesa informou que Karr confessou ter matado a menina de forma acidental e que estava apaixonado pela vítima.
O suspeito voou na classe executiva de um vôo comercial sem algemas, vigiado por guardas americanos.
O caso, que despertou imediatamente grande interesse na imprensa nacional americana, nunca foi esclarecido em quase 10 anos e durante um período a suspeita recaiu sobre os pais da menina, Patsy e John Ramsey, que tiveram duros enfrentamentos com a imprensa sensacionalista americana.
A mãe da menina, Patsy Ramsey, de 49 anos, morreu em junho deste ano vítima de câncer.
O pai, John Ramsey, disse esta semana, durante entrevista à jornalista Barbara Walters, da emissora ABC, que se sentia aliviado por este "grande passo" e que esperava que isto pusesse um fim à investigação, admitindo ao mesmo tempo em que se abria uma grande ferida por se tratar de algo "muito doloroso".
O professor americano declarou após sua prisão na Tailândia que estava com a menina no dia de sua morte e que o assassinato não foi intencional. Segundo o The Sunday Morning, um jornal de Hong Kong em sua edição deste domingo, Karr foi para a Tailândia disposto a mudar de sexo.
"Ele foi nosso paciente, mas não podemos divulgar nenhum detalhe sobre o tratamento", declarou um porta-voz da Policlínica Pratunam, especializada em mudanças de sexo e que patrocina um concurso mundial de beleza transexual.
O suspeito teria feito nove ligações para a clínica de cirurgia estética, segundo o jornal.
AFP
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