A pesquisa para resolver os problemas derivados da vida no espaço cósmico levou a várias soluções em países como Estados Unidos, Rússia e Japão. Os americanos, por exemplo, estudaram trigo e soja. Mas o ser humano precisa de proteínas de origem animal, por isso cientistas de alguns países estudam as propriedades nutritivas e a possibilidade de criar no espaço ouriços do mar, cobras e tritões.
Os cientistas chineses descobriram que os bichos-da-seda poderão se transformar na comida dos astronautas chineses no espaço devido a seu alto teor de proteínas, informou em seu site a agência estatal de notícias Xinhua.
"Do ponto de vista nutricional, têm um alto conteúdo protéico, que o organismo assimila de forma eficiente. Além disso, são práticos, fáceis de criar, crescem rapidamente e não é necessário contar com grandes superfícies", defendeu o pesquisador Yang Yunan.
Yang é um dos cientistas que participam da 36ª Assembléia Científica Internacional para a pesquisa Espacial, semana passada, em Pequim. "Além disso, os bichos-da-seda não cheiram mal nem produzem excrementos", acrescentou.
Analistas chineses descobriram que cinco ou seis bichos-da-seda contêm a mesma quantidade de proteínas que um ovo, e que nos seus casulos se encontram oito tipos de aminoácidos vitais para o ser humano. Por isso, começaram a investigar nesta linha.
Durante a assembléia científica em Pequim, os especialistas chineses também apresentaram um programa de computador que permite medir a exposição à radiação sofrida pelos astronautas. Nos últimos anos, a China entrou na corrida espacial que, em outubro de 2005, permitiu ao país pôr em órbita durante cinco dias a nave Shenzhou VI, tripulada por dois "taikonautas" (astronautas chineses).
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