Syd Barrett, um dos fundadores dos Pink Floyd, faleceu na sexta-feira passada na sua casa de Cambridge alegadamente devido a problemas de diabetes. Tinha 60 anos. A notícia só ontem foi divulgada.
O ex-líder da banda rock entrou pela última vez num estúdio de gravação há mais de 30 anos. Mas foi ele que em 1965 fundou os Pink Floyd - acredita-se, aliás, que deu o nome à banda. Pink Anderson e Floyd Council foram dois músicos que o influenciaram. Barrett formou os Pink Floyd depois de conhecer o baixista Roger Waters e o guitarrista David Gilmour. Syd escreveu o primeiro single - "Arnold Layne" - e compôs grande parte das peças de "The Piper at the gates of dawn", o álbum de estreia. Em 1968 abandonou o grupo devido a problemas psicológicos ligados ao uso de drogas e à esquizofrenia. Os Pink Floyd lamentaram o desaparecimento de Barret: Syd foi o farol da formação inicial da banda e deixa um legado que continua inspirador.
Ainda gravou, pouco depois, "The Madcap Laughs" e "Barrett", dois álbuns a solo com ajuda dos seus antigos companheiros. Mas foi depois disso que Barrett sumiu, durante vários anos, sem que ninguém desse como certo o seu paradeiro. Seguiu-se um período de isolamento, longe da ribalta, nos arredores de Cambridge, onde Barret resolveu dar azo a duas paixões antigas: a pintura abstracta e a jardinagem. Um desejo de uma vida tranquila nunca plenamente satisfeito, devido às inúmeras incursões dos fãs e paparazzi. Os seus companheiros acreditam, ainda hoje, que o artista não suportava a pressão da fama e que era incapaz de viver com muita atenção projectada sobre si.
Barrett deixa um legado que influenciou inúmeras personalidades no mundo da música, como Robert Smith (The Cure), REM, Pearl Jam, Dream Theater, John Frusciante (Red Hot Chili Peppers), Paul McCartney, e David Bowie que, em jeito de reminiscência, relembrou o músico como alguém que possuía uma aparência mística, estranha, com unhas pintadas de preto e olhos maquiados, enquanto serpenteava em volta do microfone, exuberando hipnotismo.
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