Ministério da Saúde adverte: austeridade mata mais cedo
Por Marcos de Oliveira na Coluna Fatos & Comentários no Monitor Mercantil
Expecativa de vida no Reino Unido diminui 13 meses desde 2015; governo deve recuar de mudança na idade mínima da aposentadoria.
A longevidade no Reino Unido diminuiu. E não se trata de um ponto fora da curva. A expectativa de vida de homens que chegam aos 65 anos era de 87,4 anos, mas caiu para 86,9. Entre as mulheres, de 89,7 para 89,2 anos. Em comparação com 2015, as projeções para a expectativa de vida diminuíram em 13 meses para homens e 14 meses para mulheres.Os dados são do Institute and Faculty of Actuaries, que calcula a expectativa de vida para o setor de previdência no Reino Unido. Quais os motivos para a piora? Sir Michael Marmot, diretor do Institute of Health Equity na University College London, arrisca: "É totalmente possível que a austeridade teve impacto."
Reportagem do jornal britânico The Guardian aponta fatores como crescimento de obesidade, diabetes e doenças variadas. Mas os cortes no orçamento do Serviço Nacional de Saúde (NHS) contribuíram para a dificuldade em se controlar os problemas.
O mercado financeiro já se ajusta. Esta semana, a Legal & General disse que liberou 433 milhões de libras das reservas que detém para pagar futuras aposentadorias por causa das reduções nas expectativas de longevidade. Analistas preveem elevação nas cotações das ações de empresas de previdência.
O governo britânico, que estava pensando a aumentar a idade mínima de aposentadoria nos próximos anos, está agora sofrendo pressões para recuar. "Essa discussão de planos de previdência não é exclusiva do Brasil", afirma o consultor Francisco Galiza.
Menor longevidade significa menores reservas para pagar futuras aposentadorias. O problema do sistema de capitalização, como o que o Governo Bolsonaro pretende implantar no Brasil, é que o inverso também é verdadeiro: mais expectativa de vida implica mais desembolsos ou benefícios menores.
Borracha nova
A Polícia Militar do Rio exibia, no início da tarde desta segunda, uma frota novinha de carros patrulha passeando em velocidade abaixo da máxima na Ponte Rio-Niterói pela pista da esquerda - aquela destinada a ultrapassagens. Não bastasse, uma van da PM ia na faixa ao lado.
Adiante, um engarrafamento logo após a saída da Ponte. O que fizeram os policiais, até então sem pressa? Ligaram a sirene e foram abrindo caminho em meio aos carros parados. O quadro sempre pode piorar: o culpado pelo trânsito era um carro da PM, que fazia uma blitz caça-níqueis.
O filme da Polícia Militar do Rio sempre pode ficar um pouco mais queimado.
Onde está Queiroz?
As entidades dos jornais (ANJ), Revistas (Aner) e Rádio e TV (Abert) "lamentam que o presidente da República reproduza pelas redes sociais informações deturpadas e deliberadamente distorcidas com o sentido de intimidar a jornalista e a liberdade de expressão".
A jornalista em questão é a repórter Constança Rezende, do Estadão, vítima de fake news de bolsonaristas reproduzidas pelo presidente na tentativa de se esquivar do escândalo do Queiroz.
Vai ter que fazer dinheiro
Internação de Bolsonaro no Eistein, 17 dias, custará aos cofres públicos R$ 400 mil; médicos não cobraram. Por regra de três, Queiroz, que ficou 10 dias no mesmo hospital, teria que pagar, do próprio bolso, R$ 235 mil, mais os honorários. Deve ter aberto uma concessionária em SP.
http://www.patrialatina.com.br/ministerio-da-saude-adverte-austeridade-mata-mais-cedo/
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