A agência espacial americana, NASA, não usou o radar nas Ilhas Marshall que monitora os asteróides e não tem a ver nada com a morte da estação interplanetária russa Fobos-grunt. Assim, a agência negou esta terça-feira(17) a versão expressa por parte russa da participação do radar em acidente.
"Os cientistas da NASA não usaram radar nas Ilhas Marshall a monitorar asteróides no dia 9 de novembro, como foi sugerido pelos funcionários da Agência Espacial Russa (Roscosmos). A NASA tem usado radares na Califórnia e em Porto Rico", disse o porta-voz da NASA Bob Jacobs. O Pentágono até agora se absteve de comentar. "Não tenho nada a dizer sobre isso, recomendamos entrar em contato com o Departamento de Estado," — disse o porta-voz do Ministério de Defesa Wendy Snyder ao Vesti. ru.
Vários especialistas russos apontam que mesmo se assumíssemos que a "Fobos-Grunt", correndo a uma velocidade de 24 000 quilômetros por hora, poderia ser na área de feixe do radar, o feixe permaneceria em vigor apenas menos de 100 nanosegundos, o que seria insuficiente para causar qualquer dano.
Enquanto isso, segundo o jornal Kommersant, para confirmar ou refutar hipótese sobre o impacto da "Fobos-Grunt" por radares americanos, Roscosmos está estabelecendo um sistema de simulação, que em breve será testado.
De acordo com o jornal, citando uma fonte na indústria espacial, o mencionado estande será equipado com "conjunto de componentes eletrônicos iguais aos no mesmo Fobos-grunt, que supostamente possa sofrer. Será submetido ao nível máximo possível de radiação, semelhante à radiação do radar nas Ilhas Marshall. "
A Fobos-Grunt, lançada em 9 de novembro, deveria se dirigir para uma lua em Marte (Phobos) para coletar amostras, mas fracassou em sua tentativa de atravessar a gravidade terrestre e teria caido, segundo o Ministério da Defesa russo, no Oceano Pacífico, 1.250 km a oeste da ilha de Wellington. Uma autoridade do setor espacial russo, que pediu o anonimato, afirmou no domingo que a Rússia terá dificuldades para estabelecer as causas deste fracasso devido à "ausência de dados telemétricos".
"Estou certo de que as conclusões da comissão de investigação estarão baseadas em suposições, e não em fatos reais", declarou esta fonte, citada pela agência Interfax. O projeto teve um custo de 170 milhões de euros e seguia em direção a Marte, quando teve problemas técnicos.
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