Droga: Dilma promete 100.000 profissionais na prevenção

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"Vamos qualificar, até o fim de 2011, quase 100 mil profissionais para atuar, sobretudo, na prevenção ao uso de drogas"

por Secom

O que, de fato, o governo federal tem feito para coibir a entrada e o uso do crack e outras drogas no Brasil? - Marlon Salviano, 34 anos, empresário de Araguaína (TO)

Presidenta Dilma - Esse é um problema muito grave e estamos tomando várias medidas para o seu enfrentamento. Em junho, lançamos o Plano Estratégico de Fronteiras, que integra, no combate ao tráfico e outros crimes, o Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Nacional de Segurança Pública e Força Nacional de Segurança. Vamos somar esforços de todas estas forças de segurança para impedir a entrada de drogas no Brasil. Iniciamos em fevereiro e vamos qualificar, até o fim de 2011, em parceria com universidades, quase 100 mil profissionais para atuar sobretudo na prevenção ao uso de drogas, em especial junto a crianças, adolescentes e moradores de rua. Esta ação é parte do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, lançado em 2010 e coordenado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. No início deste mês, o Ministério da Saúde mudou as normas para o credenciamento das Comunidades Terapêuticas, que fazem atendimento aos dependentes químicos. O objetivo é ajudar a financiar essas instituições, que hoje respondem por uma parcela muito importante dos leitos disponíveis para internação de usuários de drogas. Em breve, vamos também lançar campanhas publicitárias preventivas. E para informações e orientações sobre a questão das drogas, oferecemos um serviço telefônico gratuito: 0800-510.00.15.

O que nós, brasileiros comuns, podemos esperar do programa Brasil sem Miséria? - Paulina de Jesus Amarante, 45 anos, dona de casa de Recife (PE)

Presidenta Dilma - Os brasileiros podem esperar tempos de maior justiça social, com benefícios para todos os segmentos da sociedade. O Brasil vem mudando a olhos vistos. Mas ainda restam 16,2 milhões de brasileiros em situação de pobreza extrema, com renda familiar por pessoa inferior a R$ 70 por mês. São essas pessoas que o Brasil Sem Miséria precisa atender. Muitas delas já são beneficiárias de programas sociais, mas vivem em situação tão precária que precisam de apoio extra para conseguirem andar com suas próprias pernas. Nesse esforço, estamos integrando ações dos governos federal, estaduais e das prefeituras, para atacar o problema com base em três linhas: garantir renda, acesso aos serviços públicos (saúde, educação, moradia, água e luz, entre outros) e incluir em atividades produtivas. O Brasil sem Miséria não vai favorecer apenas os mais necessitados. A redução da miséria aumenta o mercado interno, estimula toda a economia e gera muitos empregos. Todos vão se beneficiar. É esse o nosso sonho, termos um país desenvolvido, rico e digno, um país sem pobreza e sem miséria.

O que a senhora pode fazer para que as crianças e adolescentes tenham mais lazer? - Doralice da Silva Nonais, 67 anos, aposentada de Angical (BA)

Presidenta Dilma - Nós temos diversas ações nessa área e continuamos expandindo os programas que já existiam. Por exemplo, o Mais Educação, do Ministério da Educação (MEC), criado em 2007, já está com 15 mil escolas participando e nossa meta é chegar a 32 mil em 2014. Pelo Mais Educação, as escolas recebem recursos para oferecer - nos turnos em que não há aulas regulares - atividades em várias áreas, incluindo de cultura, artes e esportes, em modalidades como vôlei, basquete, handebol, tênis, tênis de mesa, judô, caratê, natação, atletismo e ciclismo. As atividades esportivas do Mais Educação são uma parceria com o programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. Outra iniciativa: o MEC está financiando prefeituras para a construção de quadras poliesportivas cobertas. Já autorizamos a construção de 674 quadras, das 2.500 que estão planejadas para este ano. O programa Praça dos Esportes e da Cultura, coordenado pelo Ministério da Cultura, vai proporcionar cultura e lazer para crianças e adolescentes de comunidades vulneráveis. Serão 800 praças até 2014, que vão integrar, entre outros, espaços destinados a atividades culturais, esportes e lazer, biblioteca e cursos de capacitação profissional e de inclusão digital. Há várias outras iniciativas voltadas para atividades que desenvolvem a autoestima das crianças e adolescentes e os conduzem a levar uma vida digna, saudável, distante da criminalidade.

 

 

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey