Os discursos foram enérgicos e profundos, enquanto o suporte documental registrava os chamados da humanidade a salvar o planeta, sem dúvidas a única opção da Cúpula sobre Mudança Climática de Copenhague.
A melhor das últimas oportunidades de atingir um acordo que proteja a Terra antes que seja demasiado tarde para a humanidade, como disse a presidenta da COP 15 (Conferência das Partes), Connie Hedegaard.
Não há marcha para atrás, sublinhou categoricamente em um comunicado o Greenpeace, ao mesmo tempo em que 10 mil delegados se preparam para tomar parte em um fórum da sociedade civil nesta capital no fim de semana, paralelo à Cúpula.
Os tons, em geral, deram-se otimistas. Queremos crer, ninguém pense que somos uns dementes desenfrenados e doentios pelo assunto do aquecimento global da atmosfera, e queremos acordos concretos, afirmou um representante do Greenpeace.
Anúncios de maiores compromissos do bloco dos 27 da União Europeia (UE), a solicitação do premiê britânico, Gordon Brown, de um convênio vinculante e o fato de que Barack Obama finalmente vem no dia 18 de dezembro, melhoraram as expectativas.
Sobretudo após os progressos da China, muito transparente na hora de assinalar uma redução de gases contaminantes de 40 a 45 por cento para 2020-2025, e promessas da Índia sem especificar, mas no mesmo sentido.
O governante estadunidense ficou abaixo do esperado ao prometer uma diminuição em 17 por cento das emissões tóxicas, foi criticado suavemente por Gore, ainda que exigido de melhorar a proposta de Washington.
Que Obama chegue a Copenhague no dia 18 de dezembro pode significar duas coisas: chegaria no instante final, pronto para a fotografia e as declarações formais; ou vem disposto a assumir maiores responsabilidades, segundo os observadores.
"Esta é nossa oportunidade. Se a desperdiçarmos, poderiam passar anos antes de que possamos ter uma nova e melhor oportunidade. Se é que chegamos a ter", afirmou a titular da COP 15.
O premiê dinamarquês, Lars Loekke Rasmussen, adiantou que 110 chefes de Estado e governo chegarão para os últimos dias da conferência. Ao menos em cifras Copenhague baterá recordes, falta ver se traduzem-se em fatos.
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