Diferentes posições e vontades com respeito à luta contra a mudança climática enfrentam-se hoje nas Nações Unidas em uma cúpula fundamental para o sucesso ou fracasso de um novo acordo global sobre essa matéria.
A reunião foi convocada pelo secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, e conta com a participação dos chefes de Estado e governo, chanceleres e altos representantes dos 192 países membros da organização mundial.
Por um lado estão as mais importantes potências industrializadas de ocidente, com os Estados Unidos à frente, consideradas as maiores emissoras dos gases de efeito estufa causador do aquecimento global.
Em outro grupo encontram-se as chamadas economias emergentes, entre elas China e Índia, cujo impetuoso desenvolvimento econômico também repercute no meio ambiente.
E entre ambas as partes aparecem dezenas de países subdesenvolvidos e pobres, em sua maioria os mais vulneráveis ao deterioramento do clima e aos fenômenos atmosféricos, e ao mesmo tempo os que têm as piores condições para empreender a luta pela salvação do planeta. O objetivo fundamental do encontro desta terça-feira na ONU é aproximar posições que permitam conseguir um acordo em dezembro, em Copenhague, para a assinatura de um novo protocolo sobre mudança climática que substitua o assinado em Kyoto em 1997.
Um dos pontos mais controversos das negociações, nessa direção, é sobre os níveis de emissão de gases contaminadores que serão estabelecidos no instrumento que deve ser aprovado na capital dinamarquesa.
Até agora, os mais industrializados -que ao mesmo tempo são os maiores agressores da atmosfera- propõem, para 2020, reduzir suas emissões de gases do efeito estufa entre apenas 11 e 18 por cento menos que o registrado em 1990.
Segundo os especialistas, esse nível só permitirá diminuir em três graus centígrados a elevação da temperatura da terra, enquanto um bom número de Estados subdesenvolvidos defendem que a meta de diminuição seja fixada em 1,5 grau centígrado.
Outro ângulo do problema está na injeção de recursos adicionais para os subdesenvolvidos financiarem sua adaptação às necessidades da luta contra a mudança climática.
Esses e outros muitos aspectos do problema estarão presentes durante as poucas horas da cúpula desta terça-feira na ONU, que sessionará através de mesas redondas e pretende propiciar avanços na luta pela salvação do planeta.
Escrito por Bianka de Jesus
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