Eles descobriram que mulheres tratadas com antidepressivos que tomaram Viagra tiveram menos efeitos secundários sexuais do que aquelas que tomaram placebo. Os infortúnios sexuais podem levar muitas pessoas a parar de tomar medicamentos para tratamento de depressão.
"Graças ao tratamento desse aborrecido efeito adverso associado a tratamento ... as pacientes podem continuar a tomar antidepressivos, com redução dos índices, atualmente altos, de interrupção prematura da medicação, melhorando os resultados da administração da doença depressiva," disse o Dr. H. George Nurnberg, da Universidade do Novo México em Albuquerque.
A criadora do Viagra, Pfizer Inc, financiou a pesquisa.
Os cientistas conduziram a pesquisa entre 98 mulheres que reclamavam de sintomas de disfunção sexual, inclusive demora ou ausência de orgasmo ou falta de excitação, bem como com depressão em remissão depois de tratamento com antidepressivos.
As mulheres tomaram uma dose de Viagra ou do placebo uma ou duas horas antes de atividade sexual prevista, durante oito semanas.
Parte substancial da pesquisa explorou o papel de fatores interpressoais na disfunção sexual das mulheres, particularmente no tocante à resposta sexual. Esses estudos concentraram-se, em grande parte, no impacto da qualidade do relacionamento sobre o funcionamento sexual dos parceiros. Alguns estudos avaliaram o papel de variáveis específicas do relacionamento, enquanto outros examinaram a satisfatoriedade geral do relacionamento. Alguns estudos exploraram eventos; outros se concentraram em atitudes como medida empírica do funcionamento do relacionamento. As populações-alvo variaram de casais insatisfeitos a parceiros sexualmente disfuncionais e a pessoas em relacionamentos satisfatórios.
Estimativas do percentual de disfunção sexual feminina atribuível a fatores físicos variaram de 30% a 80%. Os distúrbios que mais provavelmente resultam em disfunção sexual são aqueles que levam a problemas na função circulatória ou neurológica. Esses fatores têm sido mais extensamente estudados em homens do que em mulheres. Etiologias físicas tais como doenças neurológicas e cardiovasculares têm sido diretamente implicadas tanto em ejaculação prematura e retardada quanto no distúrbio erétil (Hawton 1993), mas a contribuição de fatores fisiológicos na disfunção sexual feminina não é tão clara. Entretanto, literatura recente sugere que pode haver prejuízo para a fase de excitação em mulheres diabéticas. Dado que mulheres diabéticas revelam significativa variabilidade em sua resposta a esse distúrbio médico, não é de surpreender que a influência dessa doença na excitação seja também altamente variável. Na verdade, a falta de uma associação clara entre disturbios médicos e funcionamento sexual sugere que fatores psicológicos desempenhem parte significativa no impacto desses distúrbios sobre o funcionamento sexual.
Autor do post : Murilo Otávio Rodrigues Paes Leme
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