O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta segunda-feira (24) as ações do governo federal para o combate à dengue no Rio de Janeiro. As medidas garantem a contratação de 660 profissionais de saúde; a abertura de mais 119 leitos nos hospitais federais, incluindo 32 de UTI, além dos 104 já disponíveis na regulação; o reforço de profissionais da Funasa no combate aos vetores; a implantação do cartão de acompanhamento do paciente e a intensificação de ligações de telemarketing nas áreas mais atingidas pela doença.
Há, neste momento, um gigantesco esforço das autoridades para reverter a situação grave que a população enfrenta. Temos de atender todas as pessoas que procuram o sistema, além de monitorar e combater as áreas de infestação, disse Temporão.
O ministro esteve reunido, durante toda a manhã, no Núcleo do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, com a equipe de coordenação do governo federal para avaliar a situação e levantar as propostas para implementação dessas medidas em curto prazo.
A contratação emergencial de 660 profissionais acontecerá por convocação nos jornais nesta terça-feira (25). São necessários médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes administrativos, auxiliares de farmácia, fisioterapeutas, técnicos em hemoterapia, histotecnologia, laboratório e radiologia. Os profissionais trabalharão em caráter temporário na rede de hospitais federais.
Até o final desta semana, o governo federal distribuirá para toda a rede de assistência do município e da Baixada Fluminense mais de 250 mil cartões de acompanhamento de pacientes com dengue. Os cartões reúnem informações sobre a evolução da doença. Dessa maneira, cada vez que o paciente tiver a necessidade de retornar ao serviço de saúde, o médico terá condições de avaliar a doença, garantindo o atendimento necessário e adequado.
Moradores das áreas de infestação receberão ligações do serviço de telemarketing do Ministério da Saúde para alertar sobre os sintomas da dengue, além de informar sobre a situação de infestação e como combater o mosquito transmissor. O Ministério reforçará o serviço de Tele-dengue da Secretaria Municipal do Rio de Janeiro para que a população tenha acesso a informações também nos finais de semana.
Em conjunto com os 1,2 mil bombeiros que já atuam na cidade identificando focos de infestação e cobrindo caixas dágua, o governo federal treinará, nesta semana, mais 300 guardas de endemias da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Os agentes atuarão no combate ao mosquito adulto com inseticida nas áreas de grande infestação. Serão destinados ao município mais 15 veículos com capacidade de cobrir de 80 a 100 quarteirões por dia, cada um, também realizando o trabalho de fumacê.
Ainda nesta semana, o Ministério da Defesa definirá a quantidade de militares que poderão atuar junto aos agentes de endemias da Funasa e do Corpo de Bombeiros, além de quantificar o número de tendas necessárias para o atendimento ambulatorial de pacientes e recursos humanos especializados para o trabalho.
O ministro da Saúde agradeceu a resposta da sociedade com o grande número de doações de sangue que aconteceram no fim de semana, mas ressaltou a necessidade de mais doações para garantir o atendimento aos pacientes mais graves.
Temporão anunciou também que profissionais de saúde que atuam no trabalho de humanização serão deslocados de vários estados para atuar no município do Rio de Janeiro pelos próximos dois meses. Esses profissionais ajudarão na orientação dos pacientes, na porta de entrada, em parceria com a central de regulação. Dessa maneira, facilitarão o trabalho de encaminhamento de doentes de acordo com a gravidade, completou.
O Ministério da Saúde usará o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), do Rio de Janeiro, para monitorar e avaliar diariamente a evolução da epidemia. O controle permitirá a implementação das medidas necessárias e identificará as áreas prioritárias para atuação conjunta das esferas de governo.
O ministro reforçou que, ao longo de 2007, o governo federal alertou sobre a epidemia da doença e a necessidade de ações para impedir o seu avanço. Como resultado, todas as capitais, com exceção do Rio de Janeiro, reduziram o número de casos de dengue.
No ano passado, tivemos uma epidemia proporcionalmente maior no Mato Grosso, com apenas um óbito em mais de 40 mil casos. O problema foi resolvido graças ao trabalho na atenção primária, por meio da Estratégia do Saúde da Família, concluiu.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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