Medidas garantem normalidade das operações no Aeroporto de Congonhas
Ações resultaram na transferência de 581 mil passageiros em janeiro de 2008, na comparação com mesmo período de 2007 e deram maior segurança às viagens.
As medidas adotadas pelo governo federal para desafogar o Aeroporto de Congonhas geraram resultados expressivos em janeiro deste ano, período de grande movimentação de passageiros, garantindo maior conforto e segurança aos usuários do terminal.
De acordo com levantamento da Infraero, as ações adotadas em 2007 resultaram em uma transferência de 581 mil passageiros de Congonhas para outros aeroportos, na comparação com janeiro do ano anterior.
Segundo a Infraero, no primeiro mês de 2008, foram transportados em Congonhas 950.954 passageiros, comparados a 1.532.180 em janeiro de 2007, uma redução de 38%. Também houve redução de 3.557 pousos e decolagens, passando de 19.062 em janeiro de 2007 para 15.505 neste ano - queda de 19%.
Em toda a malha de aeroportos da Infraero, houve crescimento de 268.180 passageiros transportados (2,8%), indo de 9.707.796 em janeiro de 2007 para 9.975.976 em 2008; e crescimento de 7.612 pousos e decolagens (4,6%), passando de 166.439 para 174.051 no mesmo período.
Os dados se referem tanto à aviação comercial quanto à aviação geral (táxi aéreo, aviação executiva, etc.)
Malha aérea - As principais medidas em Congonhas seguiram determinação do Conselho de Aviação Civil (Conac). São elas a redução do número de operações e a reformulação da malha aérea, planejamento no qual as empresas informam todos os seus vôos e os aeroportos que pretende usar. Como Congonhas era o preferido das companhias, no primeiro semestre de 2007 chegaram a ser realizadas de 40 a 50 operações por hora, sobrecarregando o aeroporto.
"Com as mudanças, a partir de junho do ano passado, e com a experiência verificada nos períodos seguintes, principalmente no fim do ano e no Carnaval, podemos dizer que assumimos o comando geral de Congonhas.
E agora podemos trabalhar para melhorar o nível de conforto dos passageiros", avaliou o ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Conexões - Segundo ele, a autorização para a volta de conexões e escalas em Congonhas, a partir deste mês, visa melhorar o conforto, sem mexer nos níveis de capacidade do aeroporto e sem alterar a prioridade na segurança. "A segurança continua intocável", afirmou.
A necessidade de restrição ao movimento em Congonhas tornou-se mais urgente quando, por determinação do Ministério da Defesa, as duas pistas do aeroporto tiveram suas extensões operacionais reduzidas, para a criação de zonas de escape de 150 metros em cada extremidade.
Com isso, muitas aeronaves tiveram que reduzir o peso para ajustar-se às novas dimensões - com menos passageiros, menos carga, menos combustível, etc.
Com a redução, a pista secundária de Congonhas, que é menor que a principal, tornou-se praticamente ociosa, sobrecarregando a pista principal. Diante disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou o limite de 30 pousos e decolagens por hora, para a aviação regular, e de quatro para a aviação geral.
Limite de pousos - O limite de pousos e decolagens não será alterado na nova malha aérea, que entrará em vigor no dia 24 de março.
Isso indica que as conexões e escalas que voltarem a ser feitas em Congonhas, conforme autorização do Conac, terão que ocupar as autorizações de vôo já em mãos das companhias.
Os vôos excedentes que foram transferidos para outros aeroportos não voltarão enquanto houver a restrição de infra-estrutura no aeroporto.
Os principais aeroportos beneficiados com os remanejamentos de vôos e com o aquecimento do mercado foram Guarulhos (SP) e Galeão (RJ), que juntos ganharam 609.594 passageiros e 3.821 pousos e decolagens em janeiro de 2008. Guarulhos, que ganhou 403.067 passageiros (26%), consolidou-se em janeiro como o mais movimentado do país, com 1.958.142 usuários no mês.
Também efetuou mais 2.341 operações com aviões. O Galeão recebeu mais 206.527 passageiros (24%), roubando a segunda colocação de Congonhas, em número de passageiros, e fez mais 1.480 operações.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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