Uma misteriosa bactéria resistente aos antibióticos infecta os soldados dos Estados Unidos feridos na Guerra do Iraque, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira, 16, no site da revista Infection Control and Hospital Epidemiology.
O maior problema da infecção é a origem da bactéria. Todos os estudos revelaram que os soldados americanos não levam o microrganismo em seu corpo, como se achava.
"Precisamos saber de onde vêm estas infecções", disse o pesquisador Matthew Griffith,epidemiologista do Centro Médico do Exército no Forte Sam Houston (Texas).
"Uma das possibilidades era de que a Acinotobacter calcoaceticus-baumannii estivesse na pele dos soldados antes de eles serem feridos. Mas nossa pesquisa descartou a hipótese", acrescentou.
Os cientistas chegaram à conclusão depois de analisar mostras de pele de 102 soldados ativos numa base do Iraque, representativa das condições em quase todo o país. O ambiente do lugar era de tipo desértico e com terras agrícolas irrigadas, além de uma área urbana muito próxima.
Segundo Griffith, se a bactéria que causa a infecção não está na pele e contamina as feridas, então é possível que a infecção ocorra quando o soldado espera tratamento num hospital ou após receber atendimento médico.
"Nosso estudo é uma contribuição à série de provas de que a causa do surto infeccioso é a transmissão nos hospitais e centros de atendimento médico", disse Griffith.
O relatório não revelou o número de soldados feridos no Iraque que foram afetados pela infecção bacteriana, nem deu detalhes sobre os sintomas da infecção e o nível de gravidade.
No entanto, o problema levou a um reforço no controle de infecções nos hospitais militares americanos no Iraque, diz o estudo.
Fonte Tecnocientista
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