O mecanismo de controle audiovisual nos Estados Unidos que contem as cenas de tabagismo vai ficar mais rígido por iniciativa própria de empresas do setor de tabaco. O anúncio foi feito ontem (10) pela Associação de Produtoras de Audiovisual dos Estados Unidos (Motion Picture Association of America, MPAA) e envolve produções para TV e para o cinema .
Agora, toda obra cinematográfica que contenha cenas de pessoas fumando levará um "R", símbolo de alerta para pais.
O cigarro foi envolvido por uma aura de glamour no início da indústria cinematográfica americana até o início dos anos 90, por isso organizações de defesa da criança e da saúde criticam essa fase não muito saudável do setor.
Em resposta aos anos de crítica, a associação decidiu adotar a iniciativa. Antes, os filmes que continham cenas de tabagismo de menores, situações ilegais, sexo, violência e linguagem não apropriada levavam o sinal. A diferença é que agora todos os filmes que contenham alguém fumando terão a advertência. Assim, clássicos como "Gilda" (1946), estrelado por Rita Hayworth, atualmente não seriam aconselháveis a crianças e adolescentes menos pelas cenas de sedução do que pela fumaça.
A MPAA reúne as empresas Buena Vista Pictures Distribution, Paramount Pictures, Sony Pictures Entertainment Inc., Twentieth Century Fox Film Corporation, Universal City Studios LLLP, Warner Bros e Entertainment Inc. As companhias produzem tanto para cinema quanto para televisão. Nos Estados Unidos, a Comissão Federal de Comunicações (Federal Communications Commission, em inglês) é a agência que regula transmissões de rádio, televisão, satélite e cabo.
Segundo Folha OnLine, no Brasil, a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV) obteve liminar em mandado de segurança anulando a obrigatoriedade de exibir programas nos horários determinados pelo governo no dia 25 de abril. Com a decisão, mesmo a programação classificada como imprópria para crianças e adolescentes fica autorizada a ir ao ar em horário livre (antes das 20h) nas principais emissoras comerciais do país.
A vitória da Abert se deu às vésperas do prazo máximo para que as TVs passem a cumprir as novas regras de classificação de programas, elaboradas pelo Ministério da Justiça. A intenção das TVs foi anular o efeito da portaria que estabeleceu as determinações. Na segunda-feira (7), o governo impetrou um recurso para derrubar a liminar. No Brasil não há um órgão que regule as emissoras de TV. As questões são decididas na Justiça.
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