Arqueólogos chineses recuperaram um navio da dinastia Song do Sul (1127-1279), que afundou perto das ilhas Spratly , ao sul da China, há 800 anos, enquanto continuam as buscas por outro navio da época no mesmo mar, informou agência Xinhua.
O "Huaguangjiao I", como o navio foi denominado pelos arqueólogos, tinha 20 metros de comprimento, seis de largura, capacidade para transportar 60 toneladas, e unia os portos chineses com os do sudeste da Ásia e da Índia, no que os historiadores chamaram de "Rota da Seda marítima".
Foram recuperadas mais de 10 mil antiguidades, principalmente porcelanas brancas e verdes.
Entre elas, há peças fabricadas há oito séculos e que ainda hoje são consideradas as melhores oficinas de porcelana da China: as da localidade de Jingdezhen, na província de Jiangxi, no sudeste da China.
As peças foram expostas na ilha de Hainan, no sul do país, numa exposição aberta na terça-feira por Zhang Wei, diretor do Centro Estatal de Pesquisas Submarinas, do Museu Estatal da China. Segundo Zhang, o navio foi descoberto nos anos 1990 e, segundo os especialistas, é o mais antigo navio chinês afundado em alto mar que se conhece.
A área onde foram descobertos os destroços, o arquipélago Spratly (chamado de Xisha pelos chineses), é disputada por todos os países banhados pelo Mar do Sul da China, incluindo China, Vietnã, Filipinas, Malásia, Brunei e Indonésia.
No mesmo mar, mais próximo do litoral chinês, os arqueólogos trabalham há anos na recuperação de um dos navios mais admirados pelos historiadores chineses, o "Nanhai I", naufragado há 800 anos, com cerca de 70 mil relíquias históricas em seu interior.
Esta semana, os especialistas chineses que trabalham em sua recuperação junto com britânicos afirmaram que começaram a içar a embarcação. Zhang disse que o resgate do "Huaguangjiao I" foi ainda mais complexo que o do "Nanhai I", por estar mais fundo e em alto mar.
No mês passado, autoridades do patrimônio histórico chinesas denunciaram que piratas estrangeiros, com tecnologias avançadas, estão varrendo os leitos marítimos da China para procurar navios como estes, em busca de roubar tesouros.
Fonte Efe
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