Uma rã presa num bloco de resina cristalizada de âmbar, de cerca de 25 milhões de anos, foi achada no estado mexicano de Chiapas.
O proprietário da peça é o escultor Ivan Mileni, dono de um pequeno museu de peças de âmbar no qual a principal atração é precisamente a rã, que está em seu poder há dois anos. Milani explicou que a peça tem um valor muito alto, porque pode contribuir para o estudo das condições de vida do planeta naquele período.
"Por ser um vertebrado, chama a atenção que tenha ficado preso pela resina de âmbar, cuja função é proteger a árvore de insetos parasitas, como os cupins", disse.
O âmbar polido amarelo claro, que permite ver a rã de 1,2 centímetro, está em exibição mas não à venda, com outras peças que contêm pêlos de mamíferos e uma lagartixa.
Milani acrescentou que o anfíbio despertou o interesse dos cientistas por ser um espécime de 25 milhões de anos que permaneceu inteiro. Além disso, pode ser observado em três dimensões, o que representa infinitas possibilidades de estudo, ao contrário de outros fósseis do mesmo período.
A rã, que pertence ao gênero Craugastor, teria vivido no período terciário e estava nas minas de âmbar de Simojovel, de onde veio o lote de peças adquirido por Milani.
Segundo o jornal mexicano Reforma, especialistas do Instituto de História Natural e Ecologia de Chiapas informaram que o fóssil de rã é o terceiro mais antigo no mundo, depois de um achado na República Dominicana, com 30 milhões de anos, e outro na Rússia, com pelo menos 65 milhões de anos.
EFE/Estadão
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