A decisão de uma família britânica de manter uma filha de de nove anos, mas com idade mental de três meses, como bebê permanente , usando uma cirurgia radical e um tratamento hormonal para prevenir o seu crescimento provocou grande polêmica na Internet.
A menina, identificada apenas como Ashley X, tem uma rara doença cerebral que não a permite caminhar ou falar. Os pais acreditam que a menina terá uma melhor qualidade de vida se não crescer. A terapia hormonal realizada permite prevenir o seu crescimento em 40% e o aumento do seu peso em 20%.
A polêmica surgiu em outubro passado após os médicos Daniel Gunther e Douglas Diekema terem informado num artigo da revista Archives of Pediatric and Adolescent Medicine sobre sua aprovação do tratamiento cirúrgico solicitado pelos pais de Ashley. Os pais, que preferiram permanecer anônimos, decidiram pelo tratamento hormonal depois o caso de Ashley ser publicado .
"Existe um conceito errêneo, fundamental e universal, de que o tratamento é conveniente para as pessoas que cuidam", escreveram os pais da garota em um blog que conta a trajetória da filha. "Pelo contrário, o principal propósito do tratamento é melhorar a qualidade de vida de Ashley", continuaram.
A britânica tem encefalopatia estática, uma rara doença cerebral sem cura. Seus pais a chamam de "O Anjo da Almofada", porque, como ela não caminha, usualmente está em cima de uma almofada.
Há três anos, os pais da menima decidiram minimizar o peso e a altura da filha. Autorizaram os médicos a removerem o útero para prevenir a menstruação. Para limitar o crescimento dos seios, as glândulas mamárias foram removidas.
As cirurgias foram feitas em julho de 2004. Logo depois, o tratamento hormonal para reduzir seu peso em 20% e sua altura em 40% foi iniciado. Os pais dizem que Ashley sempre terá o peso de uma menina, facilitando sua locomoção, além de ajudá-la no banho e nas demais atividades familiares.
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