Os ossos dum plesiossauro que viveu nas águas do oceano Atlântico há 70 milhões de anos foram resgatados de uma ilha da Antártida, informam cientistas argentinos e americanos.
Esta é "a conclusão de um trabalho de quase uma década, já que os primeiros restos foram encontrados em 1998", explicou à AFP o diretor Nacional do Antártico, o paleontólogo Mariano Memolli.
Ele destacou a importância dos fósseis por se tratar da primeira vez que se descobre um exemplar jovem desta espécie de réptil marinho que viveu junto com os dinossauros.
Os fósseis foram descobertos na ilha Vega, a 60 km da base Marambio, na Antártica argentina, 200 metros sobre o nível do mar. Devido à erosão do terreno arenoso marinho haviam ficado em evidência algumas vértebras, explicou. Os cientistas acreditam que uma erupção vulcânica tenha provocado a morte do animal, pois foram descobertas várias camadas de cinza vulcânica na região.
Os restos foram enviados ao Museu de Dakota do Sul, nos Estados Unidos onde, após a montagem, informou-se que o espécime correspondia a um plesiossauro de pescoço longo com 1,5 metro de comprimento, quando um exemplar adulto da espécie podia medir até 10 metros, acrescentou.
Trata-se do "esqueleto de plesiossauro mais completo e, sem dúvida, o melhor articulado (isto é, com os ossos unidos) em relação a todos os encontrados na Antártica", segundo um comunicado publicado simultaneamente em Buenos Aires e Washington. O esqueleto está quase perfeitamente articulado, embora o crânio esteja corroído e separado do corpo.
"Trata-se de um réptil muito parecido com o monstro do lago Ness, com nadadeiras que lhe permitiam 'voar na água' apresentando semelhanças com o pingüim atual", explicou Memolli.
Os cientistas acreditam que uma erupção vulcânica tenha provocado a morte do animal, pois foram descobertas várias camadas de cinza vulcânica na região.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter