Cientistas devem revelar esta semana alguns dos segredos por trás do sorriso mais enigmático do Ocidente, ao apresentar resultados dos estudos mais aprofundados em três dimensões feitos sobre Mona Lisa.
A obra-prima do século 16 de Leonardo da Vinci, talvez a pintura mais famosa do mundo, é considerada um marco na arte do retrato e um ícone da cultura européia. Um amplo exame do quadro, pintado em algum momento entre 1503 e 1506, foi realizado em 2004, usando uma tecnologia especial de três dimensões, desenvolvida por cientistas do Conselho Nacional de Pesquisa (NRC, na sigla em inglês) do Canadá.
Os cientistas escanearam a pintura em ambos os lados para obter uma imagem em alta resolução 3D de todo o quadro. Essa imagem, segundo a NRC, deve dar nova luz à história e condição da obra e da técnica de Da Vinci.
O retrato continuará no Museu do Louvre, em Paris, onde tem atraído uma multidão de curiosos desde a Revolução Francesa. Mas o NRC, que revelará suas descobertas na terça-feira, promete que seu modelo permitirá que tanto especialistas em arte quanto o público em geral poderão chegar mais perto do que nunca do quadro, sem que a pintura corra riscos.
A pesquisa também revelará importantes detalhes sobre a técnica de Da Vinci, incluindo o chamado método "sfumato" pelo qual ele criava um delicado efeito de névoa que contribui muito para a sensação de mistério que a pintura evoca. A jovem mulher do sorriso misterioso e ambíguo foi identificada como Lisa Gherardini, esposa de um mercador florentino chamado Francesco de Giocondo, e seu retrato tem atraído admiração e curiosidade desde sua criação há 500 anos.
O popular apelo de obra-prima mais famosa do Ocidente foi consolidado em 1911, quando o quadro foi roubado do Louvre, disparando uma caçada que contou até com o interrogatório de Pablo Picasso pela polícia antes que a pintura fosse devolvida dois anos depois.
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