Moscou, (Prensa Latina) O ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, defendeu nesta segunda (27) o direito do Irã a enriquecer urânio para produzir combustível atômico, prerrogativa vigente para todos os países que assinaram o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).
Ao explicar que a Rússia deseja estar segura do caráter pacífico do programa nuclear iraniano, Lavrov afirma estar realizando esforços conciliatórios no marco do Grupo dos Seis (Rússia, China, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Alemanha).
Lavrov indicou que o TNP, que Israel se nega a assinar, também implica deveres de seus membros, como a necessidade de informar ao Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA) sobre os trabalhos realizados em matéria nuclear.
Para Lavrov, no entanto, as práticas atuais mais bem demonstram que tão cedo a República Islâmica se dispõe a dar passos positivos para uma maior transparência no seu programa atômico, aparecem obstáculos que tendem a frear o processo de negociações.
A comunidade internacional deve comprometer-se firmemente com uma resolução aprovada no verão de 2010 pelo Conselho de Segurança da ONU,ou seja, se o Irã cumprir com as exigências da resolução, poderá aspirar a todos os direitos plasmados no TNP, sublinhou o ministro.
O OIEA considerou frustrada uma missão de seus inspetores no Irã, ainda que especialistas, citados pelo canal Russia Today (RT), advertiram que muitos dos servidores públicos se dedicam mais a espiar instalações, sua localização e proteção que a vigiar a não proliferação.
Observadores locais advertiram que a citada missão do OIEA só procurava completar um expediente negativo sobre Irã para legitimar uma ação bélica, baseada em um caso completamente fabricado, como denuncia o país persa.
O Irã nega as acusações de que esteja desenvolvendo armas nucleares, argumento esgrimido pelas potências ocidentais para viabilizar um golpe militar, para além das sanções que aplicam na esfera econômica.
Em relação a isso, o premiê russo Vladimir Putin expressou a preocupação de seu país por um ataque contra o Irã, o qual poderia ter consequências catastróficas, cuja escala real será difícil de predizer, apontou.
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