O presidente cubano , Raul Castro, chega hoje (28) a Moscou por convite do seu homólogo Dmitri Medvedev com uma visita, qualificada na imprensa russa como histórica. Ainda nos tempos soviéticos, em 1986, o líder cubano, Fidel Castro, viajou à Rússia para assistir o 27º Congresso do Partido Comunista. Raul havia estado no país um ano antes , durante o enterro do então líder soviético Konstantin Chernenko.
A desintegração da URSS e as reformas econômicas de mercado na Rússia provocaram, depois do ano 1992, um afastamento entre Moscou e Havana, os grandes amigos desde a década de 1960. Nos últimos anos as relações bilaterais recomeçaram a reforçar-se, devido a crescente presença da Rússia na América Latina.
O vice-presidente do governo russo, Igor Sechin sublinhou, Cuba ser atualmente um dos líderes regionais que indubitavelmente superará o embargo norte-americano. Este reforço aconteceu graças às alterações de caráter global ocorridas na Rússia. Levantada dos joelhos, a Rússia com a chegada ao poder de Vladimir Putin, iniciou a realização da política externa sem olhar para o Ocidente.
Segundo o embaixador cubano em Moscou, Juan Valdés Figueroa, a visita é um acontecimento histórico e marcará um avanço radical no âmbito das relações bilaterais entre dois países irmãos. De acordo com Ria-Novosti, a parte oficial da visita está prevista para o dia 30.
Atualmente o intercâmbio comercial entre Cuba e a Rússia não supera 400 milhões de dólares por ano, que corresponde a 0,05 % no comércio exterior russo e 2,2% no de Cuba. Os principais artigos da exportação cubana à Rússia são: o açúcar, os cítricos, o níquel e o cobalto. Cuba importa da Rússia maquinaria, metais e produtos químicos.
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