A comunidade internacional coletivamente sustou a respiração esperando a reação da Rússia depois do ataque selvagem, brutal e criminoso da Geórgia contra a Ossétia do Sul. Depois de haver oferecido um cessar-fogo nas hostilidades, os georgianos esfaqueadores pelas costas imediatamente violaram o cessar-fogo, invadindo a Ossétia do Sul e causando maciças destruição e morte entre inocentes civis, entre pacificadores, e também destruindo um hospital.
Aproximadamente às 11:30 da noite, hora de Moscou, os georgianos abriram fogo de artilharia pesada do lado das vilas georgianas de Ergneti e Nikozi contra a cidade de Tskhinvali, anunciou, na quinta-feira, o Ministério da Defesa da Ossétia do Sul. Tropas georgianas tentaram invadir a cidade de maneira muito semelhante àquela pela qual as divisões Panzer de Hitler irromperam pela Europa. Também digno de nota é o fato de que os tanques e a infantaria georgianos estavam sendo auxiliados por assessores israelenses, indicador inequívoco de que esse conflito foi instigado por forças externas.
Enquanto isso, a mídia corporativa ocidental mantinha um blecaute de "grande silêncio" a respeito da agressão da Geórgia. Quando finalmente a noticiou, contou, como sói acontecer, a história retrogressivamente, com manchetes tais como "Jatos Russos Atacam a Geórgia" e "Eles Declararam Guerra Contra Nós" como se a Geórgia não tivesse feito nada de errado.
Grande parte da capital da Ossétia do Sul, Tskhinvali, foi destruída, bem como cinco vilas. A Ossétia do Sul informa que mais de 1.600 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas. Há também muitas baixas entre pacificadores e diz-se que os hospitais estão superlotados de vítimas.
Relatando aquilo que já se tornou prática comum entre criminosos de guerra, o Ministro do Exterior da Rússia, Sergei Lavrov, informou: "Um comboio humanitário russo ficou sob fogo. O pânico está aumentando no seio da população local, e o número de refugiados está aumentando. Há notícias de expurgo étnico em algumas vilas... A situação está pa pique de uma catástrofe humanitária."
A estrada Zarskaya, que circunda a capital da Ossétia do Sul, Tskhinvali, foi expurgada de tropas georgianas, na medida em que tanques russos adentraram a área. Assim, finalmente, os soldados da civilização e da paz, do Exército Russo, avançaram, fazendo recuar os invasores. Uma unidade Spetznaz de elite chegou à capital osseta do sul. Ela dará suporte aos pacificadores que, noticia-se, haviam ficado sob ataque de fogo de artilharia das tropas georgianas. Durante uma reunião com o Ministro da Defesa, Anatoly Serdyukov, Dmitry Medvedev disse que os pacificadores russos tentarão "forçar o lado georgiano a parar de combater."
A OTAN, os Estados Unidos e a União Européia todos requereram imediata cessação das hostilidades. A União Européia convocará uma sessão de emergência para discutir planos de cessar-fogo. O presidente da Geórgia disse à CNN: "A Rússia está conduzindo uma guerra contra nós em nosso próprio território." Numa exibição de bravata de caubói, a Geórgia anunciou também que seu contingente no Iraque será retirado, aparentemente para ficar disponível para novas incursões e invasões violentas como a da manhã de sexta-feira. Saakashvili, parecendo um palhaço pomposo, convocou os reservistas para o cumprimento do dever, dizendo: "Essa é uma clara intromissão no território de outro país. Temos tanques russos em nosso território, aviões a jato em nosso território em plena luz do dia." Essas declarações, naturalmente, deixam de fora aquela parte na qual ele mandou primeiro seus jatos para metralhar de vôos rasantes e bombardear áreas civis, e na qual a reação russa representa uma tentativa de evitar futuros ataques.
Noticia-se que Tskhinvali sofre escassez de medicamentos e água, enquanto que a maior parte das redes de comunicação da cidade foi destruída. Os pacificadores russos estão ajudando os residentes remanescentes. O presidente Medvedev determinou assistência humanitária para a região sitiada. Um hospitável móvel rumará de Moscou para a Ossétia do Norte, uma república russa que faz fronteira com a Ossétia do Sul, às 22:00 horas (18:00 horas GMT). Uma aeronave iIl-76 entregará equipamento médico, bem como transportará médicos, psicólogos e resgatadores, totalizando 60 pessoas.
O Presidente Medvedev disse: "A presença militar russa na Ossétia do Sul está de acordo com a lei internacional e é voltada para assegurar a paz. Como tem acontecido ao longo da história, a Rússia continua a garantir a paz e a segurança no Cáucaso. A ação da Geórgia viola a injunção da Rússia para manutenção da paz e equivale a flagrante agressão. As forças de paz da Rússia e mulheres, crianças e idosos desarmados têm sido as vítimas."
A Rússia continuará a tomar medidas militares e políticas adequadas para imediata cessação da violência e para proteger os civis, inclusive mulheres, crianças e idosos, a maioria dos quaissão cidadãos da Federação Russa, enquanto implementa uma missão de paz em consonância com os acordos internacionais vigentes.
O Parlamento Georgiano aprovou um decreto presidencial declarando estado de guerra por 15 dias. Enquanto isso, em seu trajeto de volta dos Jogos Olímpicos, Vladimir Putin fez escala na capital da Ossétia do Norte para avaliar a situação e falar a respeito da situação dos refugiados. "As ações da Geórgia são criminosas, enquanto que as ações da Rússia são absolutamente legítimas," disse o Primeiro-Ministro russo.
O único caminho possível e razoável para sair-se dessa situação é a completa retirada das tropas georgianas para suas posições iniciais e a imediata assinatura de um acordo impositivo de obrigatoriedade legal de renúncia ao uso da força. Só depois dessas medidas terem-se concretizado será possível conversar a respeito de medidas adicionais para a desescalada das tensões. E, assim, proteger a VIDA é o meritório dever da instituição militar russa. De modo muito semelhante àquele quando, durante a Grande Guerra Patriótica, o Exército Vermelho hasteou a bandeira com a foice e o martelo no edifício do Reichstag, proclamando a derrota do fascismo.
Lisa KARPOVA
PRAVDA.Ru
Autor do post : Murilo Otávio Rodrigues Paes Leme
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