Centenas de pessoas se reuniram neste domingo no centro de Moscou, na praça Pushkin para lembrar a data da morte da jornalista Anna Politkovskaya . Segundo a Polícia, o número de participantes ficou entre 500 e 1 mil.
Enquanto os manifestantes exigiam a captura e a punição dos assassinos de Politkovskaya, as autoridades russas asseguraram que a investigação está próxima do fim, e que os melhores criminalistas do país seguem a pista daqueles que executaram e encomendaram o homicídio.
O chefe do Comitê de Investigação, Alexandr Bastrykin, disse que são estudadas seis possíveis versões do homicídio. "Existem razões para supor que já conhecemos os nomes dos executores concretos", afirmou.
Ao mesmo tempo, admitiu que "é muito mais complicado encontrar quem encomendou o crime". "Infelizmente, em casos semelhantes, quando se utiliza uma longa rede de pessoas, é muito difícil chegar até o final", afirmou Bastrykin.
Centenas de policiais vigiavam o local. Um telão exibia imagens da jornalista e de manifestações anteriores da oposição russa.
Também se organizou uma exposição de fotos da Chechênia em homenagem a Anna Politkovskaya em uma praça próxima ao Kremlin.
Foi colocada uma placa com o nome da jornalista no entrada do edifício em que ela morava, antes de depositar flores diante da porta do apartamento dela.
"As pessoas subestimam a importância do que ela fez", declarou, antes de ressaltar que as autoridades ignoraram as homenagens à repórter investigativa do Novaya Gazeta.
Anna Politkovskaya, uma das poucas repórteres que ainda cobria o conflito da Chechênia - iniciado em 1999 - e denunciava as violações aos direitos humanos, foi assassinada no dia 7 de outubro de 2006 na entrada de sua casa, em Moscou. O crime nunca foi esclarecido.
Em setembro, um ex-funcionário da administração chechena pró-russa, Shamil Buraev, foi acusado de cumplicidade no assassinato.
No dia 27 de agosto, a justiça anunciou a prisão de 10 suspeitos, incluindo membros do ministério do Interior e da FSB (antiga KGB).
Porém, dois suspeitos já foram liberados e o papel de um oficial da FSB permanece obscuro.
Segundo o Comitê de Proteção dos Jornalistas (CPJ), a Rússia é o país mais perigoso para a profissão depois de Iraque e Argélia.
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