Durante uma visita a uma estação de radar "Voronej" nos arredores de São Petersburgo , presidente Vladimir Putin anunciou o sábado (12) a implementação de um novo programa de defesa antiaérea até 2015.
"Este é o primeiro passo de um programa de defesa antiaérea que será posto em funcionamento antes de 2015", afirmou Putin durante sua visita à localidade de Lekhtusi, 50 quilômetros ao norte de São Petersburgo, onde o radar está localizado. "Isto é o que eu chamo de inovação das Forças Armadas. Muito mais barato, e fetivo e confiável", disse Putin.
A estação de Lekhtusi pode monitorar uma área que se estende do Pólo Norte até o sul da África. Uma estação semelhante está sendo construída em Armavir, no sul da Rússia .
Putin criticou duramente os planos americanos de instalar uma estação de radar na República Tcheca e interceptores na Polônia, o que o Kremlin vê como uma "ameaça direta" à sua segurança.
Em resposta, o líder russo suspendeu em meados de julho por decreto a aplicação do tratado de Forças e Armas Convencionais na Europa (Face), considerado a pedra angular da segurança no continente.
Enquanto isso, o secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos, Daniel Fried, defendeu hoje a idéia de um único escudo antimísseis na Europa, que integraria instalações americanas, russas e da Organização do Tratado do Atlântico Norte, segundo a agência Efe.
"A melhor variante seria criar um só sistema coordenado e transparente a fim de reforçar a segurança de todas as partes", disse Fried à televisão do Azerbaijão, onde está de visita.
O subsecretário antecipou que a próxima rodada de negociações entre EUA e Rússia ocorrerá em setembro entre os ministros de Exteriores e de Defesa dos dois países (secretário de Estado e chefe do Pentágono no caso americano) "no formato 2+2".
A Rússia quer que os americanos interrompam seus planos enquanto os dois países mantêm conversações, das quais Moscou deseja que os países da Otan participem.
Por enquanto, as propostas russas de compartilhar a estação de radar de Gabalá, localizada perto da fronteira do Irã, e a de Armavir, próxima ao Cáucaso, não foram recebidas com entusiasmo na Administração americana.
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