O presidente da Estónia, Toomas Ilves, anuncinou na quintafeira que vetará a lei aprovada mesmo ontem no parlamento estoniano , por uma diferença de apenas dois votos, que permite desmontar os monumentos aos soldados soviéticos mortos no território estoniano na Segunda Guerra Mundial, incluindo o monumento ao Soldado Libertador no centro de Tallin, capital do país.
O líder do Partido Constitucional da Estónia , Andrei Zarenkov, comentou a situação. Disse que é normal do ponto de vista das pessoas que pensam que os russos, que vivem no país e são como que uma quinta coluna para a Estónia, não têm opinião, que esquecem os pais e os avós.
Do ponto de vista da lei também é normal ." Mas para os russos é anti-natural, e vão protestar...isto tem um custo...vão tentar persuadir o presidente de que esta lei é um crime", disse.
Em Moscovo, nota-se a mesma incompreensão. Algumas pessoas, muitas com o símbolo das SS, protestaram em frente da embaixada da Estónia.
Uma russa , Inna Novichkove, reformada, afirma que sabe bem como é que os monumentos estão guardados na Alemanha, especialemnte os monumentos dos outros países, porque é que a Estónia há-de reagir assim? Ela acha que esta é uma atitude do governo contra as pessoas. Tem amigos na Estónia que não partilham do ponto de vista governamental em relação a isto.
Moscovo ameaça represálias se desmontassem o monumento ao Exército Vermelho. Kostantin Kosachyov, presidente das Relações Internacionais da Duma, explicou que, se o pior acontecesse e a estátua fosse desmantelada e fossem exumadas as sepulturas , os estonianos deviam ter em conta que as relações bilaterais iriam sofrer consequências catastróficas, em termos comerciais e económicos. A Rússia não suportaria nem aceitaria desculpa para tal acção.
A população russófona na Estónia que é aproximadamente de 40% considera o soldado soviético um Libertador. Os russos estabelecem plantão junto a monumentos e dizem que qualquer tentativa da sua desmontagem causará uma reação em resposta.
Com Euronews
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