A Polícia britânica tem a imagem do homem que teria envenenado o ex-agente da FSB ( ex-KGB), Alexander Litvinenko, segundo as revelações do jornal "The Times" da edição de hoje. As câmeras de circuito interno de TV instaladas no aeroporto internacional de Heathrow, próximo a Londres, registraram a imagem do suspeito quando ele entrava no Reino Unido.
Segundo o jornal o suspeito entrou à capital britânica com um falso passaporte da União Européia (UE) e teria depositado o veneno , polônio 210, em uma xícara de chá que preparou para Litvinenko em um quarto de hotel londrino. O suspeito abandonou Londres no mesmo dia, recorrendo a um outro passaporte da UE falso. Segundo o "Times", a Polícia decidiu não publicar as fotos do suposto assassino capturadas pelas câmeras do aeroporto.
O jornal descreve o suposto assassino como um homem alto e forte, de trinta e poucos anos, com cabelo preto e curto e feições típicas de alguém de origem da Ásia Central. O suspeito chegou a Londres, segundo acredita-se, no mesmo vôo de Dmitry Kovtun, empresário russo que está sendo investigado atualmente por tráfico de material radioativo.
De acordo com fontes policiais ouvidas pelo jornal, Litvinenko esteve em um aposento do quarto andar do hotel Millenium para tratar de negócios. Foi ali que, com Kovtun e outro ex-agente russo chamado Andrei Lugovoy, se reuniu com uma quarta pessoa, o suposto assassino, que atendia pelo nome de Vladislav.
Vladislav, segundo Times, havia se apresentado como alguém que podia ajudar Litvinenko a obter um contrato lucrativo com uma empresa de segurança com base em Moscou. Segundo Litvinenko, o homem lhe preparou uma xícara de chá.
Antes de morrer, Litvinenko disse suspeitar que a água da chaleira estava morna e que o polônio 210 teria sido adicionado ao líquido, aquecendo o chá por causa da radiação, de modo que acreditou que estava realmente tomando uma xícara da bebida.
Lugovoy e Kovtun foram interrogados em dezembro em Moscou pela Scotland Yard, que pediu permissão para voltar à Rússia e continuar a caçada ao suspeito no país.
No entanto, as autoridades russas disseram que os agentes britânicos terão que esperar que uma equipe de investigadores russos termine sua própria investigação.
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