A Duma ( Câmara baixa do parlamento russo) condenou na quarta-feira por unanimidade a decisão de Estónia de desmontar os memoriais aos soldados soviéticos mortos em anos (19)40, na luta que pôs fim à ocupaçâo nazi do país. Os parlamentares propuseram ao presidente Putin a aplicação de sanções económicas contra Estónia.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia convocou na quinta-feira a embaxatriz da Estônia na Rússia, Marina Kaljurand para explicar-lhe que, não obstante os protestos da Rússia, continuam na Estônia as tentativas de legitimar em termos jurídicos os planos de exumar sepulturas e desmontar monumentos aos soldados soviéticos, o que não se pode qualificar senão como um flagrante sinal de escárnio à memória dos combatentes que salvaram o mundo do nazi-fascismo.
A realização desses planos implicaria em sérias consequências para as relações russo-estonianas advertiu o serviço diplomático russo. Algum tempo atras o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, considerou a decisão de Talinn, "ultrajante e distante da necessidade de aprender as lições do passado para poder construir uma Europa unificada, sem divisões, unida e guiada pelos interesses actuais dos povos".
Os responsáveis estónios justificam a decisão pelos protestos crescentes contra o monumento. Há 67 anos, a derrota dos soldados nazis daria lugar a uma violenta ocupação soviética durante a qual dezenas de milhares de estónios foram deportados para campos de trabalho forçado.
Face a esta página negra da história do país, o governo de Talinn pretende remover todos os memoriais soviéticos dos cemitérios militares onde jazem mais de 50 mil soldados do Exército Vermelho. A população russófona na Estónia que é aproximadamente de 40% considera o soldado soviético um Libertador. Os russos estabelecem plantão junto a monumentos e dizem que qualquer tentativa da sua desmontagem causará uma reação em resposta.
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