O billionário russo Boris Berezovski, exilado em Londres, está disposto a falar aos investigadores russos que pretendem chegar à capital de Grã-Bretanha para interrogar cerca de 100 pessoas no âmbito da sua investigação sobre o envenenamento ex-agente, Alexander Litvinenko.
Berezovski insiste em exigir um alto nível de segurança para ser interrogado pelos procuradores russos.
«Essas pessoas poderiam trazer polónio ou outra coisa com elas, ele está na mesma lista de alvos» que Litvinenko, sublinhou seu porta-voz, Alexander Goldfarb.
«Tudo isto é uma farsa. Eles [os investigadores russos] tentam fazer obstrução à investigação britânica, mas, se os britânicos garantirem a minha segurança, falarei com eles», disse o milionário, exilado em Londres, citado Goldfarb.
A Procuradoria Geral russa, que abriu em princípios de dezembro uma investigação própria sobre o assassínio de Litvinenko, pediu para interrogar mais de cem testemunhas na Grã-Bretanha, entre as quais Berezovski e o dirigente independentista checheno Akhmed Zakaiev.
«O governo russo fabrica acusações contra eles [Berezovski e Zakaiev] para os processar pelas suas opiniões políticas. Foi por isso que obtiveram asilo» na Grã-Bretanha, indicou Goldfarb.
A Scotland Yard, que enviou já investigadores a Moscovo, em dezembro, pouco após a morte de Litvinenko, pediu para regressar à Rússia para prosseguir as investigações, indicou ontem o procurador geral russo, Iuri Tchaika.
Alexandre Litvinenko, um antigo agente russo muito crítico do regime de Vladimir Putin, morreu em 23 de Novembro num hospital de Londres, no seguimento de um envenenamento com polónio 210, uma substância altamente radioactiva.
Com Lusa
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