Quatro oficiais russos do contingente militar russo na região (Geórgia, Azerbeijão e Arménia) e doze cidadãos georgianos foram detidos na quarta-feira pelos agentes do Ministério do Interior da Geórgia acusados de espionagem . Moscou já qualificou a detenção como provocação e exigiu a libertação imediata dos seus militares.
Dois dos quatro oficiais , um coronel y um tenente coronel do Departamento Geral de Inteligência ( GRU por iniciais em russo), foram detidos em Tbilissi. Os outros dois , um comandante e um coronel , em Batumi. O ministro do Interior da Geórgia, Vano Merabichvili Merabichvili declarou ontem que as autoridades seguem buscando a um quinto membro de esse grupo de espias que tinha previsto uma provocação séria.
Quatro oficiais russos dos serviços secretos militares e doze civis georgianos que se dedicavam a espionagem em Tbilissi, Batumi e em vários pontos do território nacional, foram detidos durante uma operação especial, afirmou o ministro .
O ministro da Defesa georgiano, Irakly Okruashvili exigiu ainda às forças russas estacionadas na Geórgia que entreguem mais um oficial, também suspeito de espionagem, temendo que Moscou facilite a sua fuga através dos canais diplomáticos.
Dezenas de veículos blindados da polícia georgiana cercaram ontem o centro de comando das forças russas na região, instalado no país.
Segundo o ministro do Interior, os cinco oficiais são suspeitos de terem recolhido, durante vários anos, informações sobre o arsenal das forças georgianas, programas de cooperação com a NATO e sobre os recursos energéticos do país.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo já exigiu a libertação imediata dos seus quatro oficiais, denunciando as acusações sem fundamento de Tbilissi. Moscou classifica a detenção dos militares como um acto brutal, que prova que os dirigentes georgianos levam a cabo uma política anti-russa.
Antiga república soviética e tradicional aliado da Rússia, a Geórgia tem vindo a distanciar-se de Moscovo desde 2004, aquando da chegada ao poder do pró-ocidental Presidente Mikhail Saakachvili, que não esconde o desejo de integrar o país na NATO.
Ao abrigo de um acordo concluído em Maio do ano passado, Moscou deverá desmantelar, até ao final de 2008, as duas bases que ainda mantém no Sul e Oeste do país.
Com agências de notícias
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