O presidente Vladimir Putin reagiu ontem a uma polêmica entre os católicos e muçulmanos, provocada pelo discurso pronunciado na última terça-feira em Regensburg (Alemanha) pelo Papa Bento XVI.
O presidente russo chamou os líderes de todas as confissões mundiais a favor da moderação e responsabilidade para evitar tensões.
Sabemos quão sensível é este âmbito. Acho que seria correto chamar os líderes das confissões religiosas mundiais à moderação e responsabilidade", disse Putin, segundo a agência "Interfax", em reunião em Sochi com os chefes dos Parlamentos do Grupo dos Oito (G8), os sete países mais industrializados e a Rússia.
Putin disse que a Rússia, atual presidente rotativa do G8, faz tudo o que está a seu alcance para "promover o diálogo entre civilizações".
"Estamos convencidos de que os líderes das principais religiões mundiais terão força e sabedoria suficientes para evitar situações extremas nas relações entre as confissões", acrescentou.
O mundo islâmico reagiu com indignação a um discurso de Papa Bento XVI, no qual citou um diálogo entre o imperador Manuel II (1391) com um erudito persa.
Recorrendo a um diálogo entre o imperador bizantino com o erudito, o Papa ressaltou que o governante dizia a seu interlocutor que na religião de Maomé só existiam "coisas más e desumanas, como sua ordem de divulgar a fé usando a espada".
Bento XVI já expressou aos muçulmanos sua tristeza por suas palavras terem sido mal-interpretadas e insistiu em que não desrespeitou a fé islâmica.
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