O chefe da Agência Atômica russa (Rosatom), Serguei Kirienko, anunciou que a Rússia e Cazaquistão assinaram hoje três protocolos para a extração e enriquecimento conjuntos de urânio e a construção de reatores nucleares de última geração, comunica agência Regnum.
"Este protocolo cumpre o que foi combinado em janeiro, em São Petersburgo, sobre a cooperação na esfera da tecnologia nuclear", afirmou Kirienko.
O chefe da Rosatom acrescentou que os protocolos permitirão a ampliação das atividades de enriquecimento de urânio no território russo (cidade de Angarsk, província de Irkutsk) , com a participação de especialistas do Cazaquistão.
Os países formarão empresas conjuntas para o aproveitamento da jazida nova de uránio Budionnovskoe no Casaquistão e a construção de reatores nucleares de pequena e média potência.
"Com a perspectiva de construir usinas nucleares no Cazaquistão e sua comercialização no mercado mundial", afirmou.
Segundo Kirienko, este mecanismo permitirá que muitos Estados tenham acesso a energia nuclear sem que precisem desenvolver tecnologias próprias, o que pode levantar suspeitas de que possam ser utilizadas com fins militares.
A companhia nuclear estatal do Cazaquistão, KazAtomProm, que tem os direitos exclusivos do mercado nacional de urânio, produziu no ano passado 4.300 toneladas de urânio, 30% a mais do que no ano anterior.
A companhia planeja aumentar sua produção anual para 15 mil toneladas até 2010, o que colocaria o país entre os maiores produtores mundiais de urânio.
As reservas de urânio cazaques são estimadas em 1,5 milhão de toneladas, e representam 20% da reserva mundial.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) previu uma queda no fornecimento de urânio a partir de 2010, e um déficit de 16 mil toneladas deste mineral para o ano 2015.
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